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somos um grupo serio formado por uma equipe de gestores ambientais e tec.seguranca do trabalho.

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

AGUA FONTE DE VIDA

Água

Nosso planeta é composto por 3/4 de água divididos em 3 categorias: água salgada,geleiras e água doce. A água salgada ocupa cerca de 97%, porém não são potáveis e não podemos bebê-la. Outros 2% são em forma de geleiras no oceano e também não são disponíveis para o uso. A água doce se subdivide em dois grupos.

O primeiro ocupa 0,99% do total e é composto por águas subterrâneas em forma de vapor, o que significa que também podemos consumir.

O segundo são as águas doces de rios e lagos disponíveis para nosso consumo, somando apenas 1% do espaço aquático no planeta terra.

O ciclo da água

A circulação contínua da água na natureza constitui um processo chamado de ciclo da água. Esse ciclo deve-se ao conjunto de mudanças de lugar e estado físico da água no decorrer do tempo. Neste processo a água passa por três estados, são eles:

O sol aquece a água dos lagos, rios e mares, que se encontram no estado líquido. A água entra em estado gasoso (evaporação) e sobe para a atmosfera. Esse vapor torna-se mais frio e mais condensado formando as nuvens. As nuvens viajam pela terra até que as gotículas se tornam grandes e as nuvens pesadas, caindo novamente sobre a terra sob forma de chuva, granizo (pedras de gelo) ou neve (flocos de gelo).

Como se forma a neve?

A neve se forma nas camadas mais altas das nuvens.Quando lá em cima a temperatura está abaixo de zero, as gotas de água se congelam, transformando-se em flocos de neve.

Geralmente, a neve só atinge o solo em locais muito frios.

Como ocorre a chuva de granizo

A formação do granizo ocorre quando fortes correntes de ar carregam minúsculas gotículas de água em altitudes acima do ponto de congelamento no interior das tempestades, o que faz com que essa água se transforme em pedras de gelo, de tamanho semelhante a bolas de beisebol. Geralmente, essas pedras se derretem entes de chegar ao solo, porém quando atingem, causam muitos estragos.

No Brasil, a precipitação mais comum é sob forma de chuva. Uma chuva comum, causam apenas transtornos leves como a formação poças, por exemplo. O perigo é quando ocorrem as chamados temporais, com relâmpagos, trovões e ventos superiores a 100 km/h.

O que são relâmpagos?

Os relâmpagos são descargas elétricas provenientes de elevadas correntes elétricas através da atmosfera. A teoria é que a nuvem se eletriza a partir de colisões de partículas de gelo em seu interior, resultando em um clarão que dura em média meio segundo.

A importância da água

A água é a fonte da vida. Sem ela seria impossível a nossa própria sobrevivência, já que ocupa cerca de 70% do corpo humano. E além disso, a água é necessária em vários momentos do nosso dia a dia, como:

Na alimentação

Fundamental para o cozimento e a higiene dos alimentos. Com ela nós lavamos as frutas e verduras, preparamos sucos e cozinhamos.Além disso, todos os alimentos naturais são compostos por água.

Na Higiene

Em tudo. Lavar as mãos antes das refeições, tomar banho, escovar os dentes, nada disso seria possível sem água.

Nas tarefas domésticas

Lavar roupas, louças, lavar os pisos e azulejos. Para manter tudo sempre limpo, a presença da água é essencial.

Preservação

Não é nenhuma novidade para nós que a água do planeta está correndo um sério risco.

Os diversos fatores, protagonistas para esse problema foram executados por quem mais deveria protegê-lo: O homem. Os desperdícios, a poluição dos rios, as agressões à camada de ozônio vêem destruindo o recurso mais importante para a nossa sobrevivência. Tais agressões foram de efeito tão negativo que para consertar levaria o dobro do tempo gasto no processo de destruição.

Mas, nem tudo está perdido. A solução que nos resta é a que deveria ter sido seguida desde as primeiras civilizações: A preservação. A responsabilidade é de todos nós seres humanos promover um ambiente equilibrado e assegurar uma vida saudável no meio em que vivemos.

Como podemos ajudar?

A preservação não só da água, mas de todo o meio ambiente depende de uma reavaliação de nossos hábitos.

Abaixo, seguem algumas dicas importantíssimas para a preservação da água:

  • Não deixar a torneira aberta enquanto escovar os dentes ou ensaboar a louça
  • Lavar calçadas e veículos com baldes de água
  • Apertar o botão de descarga por, no máximo cinco segundos
  • Não trocar a água da piscina. Hoje em dia existem tratamentos que dispensam este procedimento
  • Reutilizar a água de sua casa, sempre que for possível
  • Verifique se não há vazamentos em torneiras ou canos de sua casa
  • Preste atenção se hidrômetro (medidor de água) está funcionando corretamente
  • Fechar o chuveiro enquanto o corpo é ensaboado

A palavra chave é economizar, pois cada vez que economizamos garantimos mais um ponto a favor na luta para que o planeta água não 'evapore'.

A preservação da água não é só uma questão de bom senso, é uma questão de sobrevivência.

Fonte: www.fiocruz.br

Essencial à Vida

As mais bonitas imagens da Terra, aquelas que são agradáveis aos olhos, à imaginação, as que são um convite ao relaxamento, sempre têm a água em sua composição: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, a neve sobre as montanhas, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho...

A ciência tem demonstrado que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos. É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene pessoal e do lugar onde vivemos; para uso industrial; para irrigação das plantações; para geração de energia; e para navegação.

A água é um elemento essencial à vida. Mas, a água potável não estará disponível infinitamente. Ela é um recurso limitado. Parece inacreditável, já que existe tanta água no planeta!

Quantidade e Composição

A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.

Há muita coisa a saber a respeito da água. Ela está presente nos menores movimentos do nosso corpo, como no piscar de olhos. Afinal, somos compostos basicamente de água.

Esse líquido precioso está nas células, nos vasos sangüíneos e nos tecidos de sustentação. Nossas funções orgânicas necessitam da água para o seu bom funcionamento. Em média, um homem tem aproximadamente 47 litros de água em seu corpo. Diariamente, ele deve repor cerca de 2 litros e meio. Todo o nosso corpo depende da água, por isso, é preciso haver equilíbrio entre a água que perdemos e a água que repomos.

Quando o corpo perde líquido, aumenta a concentração de sódio que se encontra dissolvido na água. Ao perceber esse aumento, o cérebro coordena a produção de hormônios que provocam a sede. Se não beber água, o ser humano entra em processo de desidratação e pode morrer de sede em cerca de dois dias.

Molécula da Água A água é composta por dois elementos químicos: Hidrogênio e Oxigênio, representados pela fórmula H2O. Como substância, a água pura é incolor, não tem sabor nem cheiro.

Quimicamente, nada se compara à água. É um composto de grande estabilidade, um solvente universal e uma fonte poderosa de energia química. A água é capaz de absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias comuns.

Quando congelada, ao invés de se retrair, como acontece com a maioria das substâncias, a água se expande e, assim, flutua sobre a parte líquida, por ter se tornado "mais leve". De acordo com leis da física, isso não deveria acontecer. Por causa dessa propriedade incomum da água é que os rios, lagos e oceanos, ao congelarem, formam uma camada de gelo na superfície enquanto o fundo permanece líquido. No que diz respeito a uma série de propriedades físicas e químicas, a água é uma verdadeira exceção à regra.

Molécula da Água Molécula da Água

A Terra está a uma distância do sol que permite a existência dos três estados da água: sólido, líquido e gasoso

O Ciclo da Água

A água desenvolve um ciclo. O chamado ciclo da água é o caminho que ela percorre. A chuva, basicamente, é o resultado da água que evapora dos lagos, rios e oceanos, formando as nuvens. Quando as nuvens estão carregadas, soltam a água na terra. Ela penetra o solo e vai alimentar as nascentes dos rios e os reservatórios subterrâneos. Se cai nos oceanos, mistura-se às águas salgadas e volta a evaporar, chove e cai na terra.

Evaporação da Água Evaporação da Água

Precipitação da Água Precipitação da Água

A quantidade de água existente no planeta não aumenta nem diminui. A abundância de água é relativa. É preciso levar em conta os volumes estimados de água acumulados e o tempo médio que ela permanece nos ambientes terrestres. Por exemplo: nos rios o volume estimado de água é de 1700 quilômetros cúbicos e o tempo de permanência no leito é de duas semanas. As geleiras e a neve têm 30 milhões de quilômetros cúbicos e a água deve ficar congelada por milhares de anos. A água atmosférica tem o volume de 113 mil quilômetros cúbicos e permanece por 8 a 10 dias no ar.

Acredita-se que a quantidade atual de água seja praticamente a mesma de há 3 bilhões de anos. Isto porque o ciclo da água se sucede infinitamente. Não seria engraçado se o alimento que comemos ontem tivesse sido preparado com as águas que, tempos atrás, foram utilizadas pelos romanos em seus famosos banhos coletivos?

Qualidade da Água

A água pode ser saudável ou nociva. Na natureza não existe água pura, devido à sua capacidade de dissolver quase todos os elementos e compostos químicos. A água que encontramos nos rios ou em poços profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o zinco, o magnésio, o cálcio e elementos radioativos.

Dependendo do grau de concentração desses elementos, a água pode ou não ser nociva.

Para ser saudável, a água não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias, parasitos.

Parasitos da Água Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da esquistossomose.

<span class=Parasitos da Água" width="197" border="1" height="148"> Parasitos da Água

Essas são as mais comuns. Mas existem outras, como a febre tifóide, as cáries dentárias, a hepatite infecciosa.

"O consumo de uma água saudável é fundamental à manutenção de um bom estado de saúde. Existem estimativas da Organização Mundial de Saúde de que cerca de 5 milhões de crianças morrem todos os anos por diarréia, e estas crianças habitam de modo geral os países do Terceiro Mundo. Existem alguns cuidados que são fundamentais. O acesso à água tratada nem sempre existe na nossa população - principalmente na população de periferia. Deve-se tomar muito cuidado porque a contaminação dessa água nem sempre é visível. A água de poço e a água de bica devem ser usadas com um cuidado muito especial, porque muitas vezes estão contaminadas por microrganismos que não são visíveis a olho nu. Mesmo com a água tratada deve-se ter alguma cautela, porque muitas vezes há contaminação na sua utilização: recipientes que são utilizados com falta de higiene, mãos que não são suficientemente bem lavadas... Todos esses fatores podem estar interferindo num caso de diarréia. Muitas outras doenças importantes também podem ser causadas pela água contaminada".

A água também se encontra ameçada pela poluição, pela contaminação e pelas alterações climáticas que o ser humano vem provocando. Além do perigo que representa para a saúde e bem-estar do homem, a degradação ambiental é apontada pela Organização Mundial de Saúde como uma importante ameaça ao desenvolvimento econômico. Em geral, uma pessoa só toma consciência da importância da água quando ela lhe falta...

Uso de Água Contaminada Uso de Água Contaminada

Enchentes

Enchente não é, necessariamente, sinônimo de catástrofe. É apenas um fenômeno natural dos regimes dos rios. Não existe rio sem enchente. Por outro lado, todo e qualquer rio tem sua área natural de inundação. As inundações passam a ser um problema para o homem quando ele deixa de respeitar esses limites naturais dos rios. Por exemplo, quando remove as várzeas e quando se instala junto às margens. Ou então quando altera o ambiente de modo a modificar a magnitude e o regime das enchentes, quando desmata, remove a vegetação e impermeabiliza o solo.

"As alterações que o homem provoca na bacia hidrográfica, alterando suas características físicas, também aumentam o prejuízo dessas enchentes. Como o homem altera as características da bacia?

De diversas formas. A primeira, ou a mais importante, é quando ele suprime a cobertura vegetal e introduz obras com características de impermeabilização do solo, como construção de casas, telhados, pavimentação de ruas, quintais etc.

Perdemos a capacidade de retenção da água através da vegetação e perdemos também a capacidade de infiltração dessa água no solo. Por conseguinte, os volumes de água que chegarão nos rios serão sempre maiores. E, portanto, os prejuízos das inundações também serão maiores.

A pergunta que fica é: como podemos enfrentar o problema dos prejuízos decorrentes das inundações?

Existem basicamente três formas: a primeira é não ocupar as áreas de inundação; a segunda é não alterar - ou alterar o menos possível - as características físicas da bacia hidrográfica. E, por último, através da implantação de obras de contenção de cheias, como a construção de barragens, reservatórios, construção de diques para proteção de áreas de riscos altos de inundação, enfim, outras obras de engenharia, do tipo desassoreamento de rios e ampliação de seus leitos. Todas essas obras têm uma característica comum: são extremamente caras e onerosas para a sociedade. Conquanto tenha um certo grau de eficiência, nós podemos dizer que elas não são absolutamente eficazes porque, mesmo contando com essas obras, sempre haverá um evento de chuva, um evento de cheia que provocará uma inundação maior do que aquelas para as quais essas obras foram projetadas".

Água no mundo

Distribuição de Água Distribuição de Água

A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que "as guerras do próximo século serão por causa de água, não por causa do petróleo ou política".

Distribuição de Água Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água.

Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80 por cento. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se internacional.

Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão, cuja nascente fica nas montanhas no sul do Líbano. O rio Jordão e seus afluentes fornecem 60 por cento da água necessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio.

A populosa China também sofre com o problema. O grande crescimento populacional e a demanda agroindustrial estão esgotando o suprimento de água. Das 500 cidades que existem no país, 300 sofrem com a escassez de água. Mais de 80 milhões de chineses andam mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água, e assim acontece com inúmeras nações.

Um levantamento da ONU aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aproveitamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar.

Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos países que sofrem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profundos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.

Água no brasil

Bacias Hidrográficas Brasileiras Bacias Hidrográficas Brasileiras

A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Essa é, também, uma das regiões menos habitadas do Brasil.

Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. E há ainda o Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nessas cidades.

Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.

Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino. E nas grandes cidades esse comprometimento da qualidade é causado principalmente por despejos domésticos e industriais.

Garimpo Clandestino Garimpo Clandestino

Despejos Domésticos Despejos Domésticos

"Se a bacia é ocupada por florestas nas condições naturais, essa água vai ter uma boa qualidade porque vai receber apenas folhas, alguns resíduos de decomposição de vegetais. &eacutE; uma condição perfeitamente natural. Mas, se essa bacia começar a ser utilizada para a construção de casas, para implantação de indústrias, para plantações, então a água começará a receber outras substâncias além daquelas naturais, como, por exemplo o esgoto das casas e os resíduos tóxicos das indústrias e das substâncias químicas aplicadas nas plantações. Isso vai contribuir para que a água vá piorando de qualidade. Por isso ela deve ser protegida na fonte, na bacia. Essa água, depois, vai ser submetida a um tratamento para ser usada pela população. Mas, mesmo a estação de tratamento tem suas limitações. Ela retira com facilidade os produtos de uma floresta, de uma condição natural. Mas esgotos pioram muito, e a presença de substâncias tóxicas vai tornando esse tratamento cada vez mais caro. Acima de um certo limite, o tratamento nem mais é possível, porque existe uma limitação para a capacidade depuradora de uma estação de tratamento. Então, a água se torna totalmente imprestável".

Esses problemas atingem também os principais rios e represas das cidades brasileiras, onde hoje vivem 75% da população.

Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes.

Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do lago Paranoá.

A ocupação urbana das áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas para abastecimento de Curitiba.

O rio Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.

Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento - a lagoa da Pampulha - que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.

O Estado de São Paulo sofre com a escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no rio Sorocaba, entre outros.

Rio Poluído Rio Poluído

"Em seu processo de crescimento, a cidade foi invadindo os mananciais que outrora eram isolados , estavam distantes da ocupação urbana. E também é muito importante frisar que toda ação que ocorre numa bacia hidrográfica vai afetar a qualidade da água desse manancial. Não é simplesmente a ação em torno do espelho d'água que faz com que você degrade mais ou menos.

Muito pelo contrário: pode ocorrer o surgimento de uma área industrial distante desse espelho d'água principal, mas com grande capacidade de poluição e, portanto, com possibilidade de degradar totalmente esse manancial.

Os corpos d'água são entes vivos. Eles conseguem se recuperar, mas possuem um limite. Portanto, é muito importante que a população esteja consciente de que é preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas, principalmente das bacias cujos cursos d'água formam os mananciais que abastecem a população".

A Água e seu Consumo

A proteção dos mananciais que ainda estão conservados e a recuperação daqueles que já estão prejudicados são modos de conservar a água que ainda temos. Mas isso apenas não basta. É preciso fazer muito mais para alcançarmos esse objetivo de modo que o uso se torne cada vez mais eficaz.

Mas, o que fazer? Qual o papel de cada cidadão? Cada um de nós deve usar a água com mais economia.

Na agricultura, por exemplo, o desperdício de água é muito grande. Apenas 40% da água desviada é efetivamente utilizada na irrigação. Os outros 60 por cento são desperdiçados, porque se aplica água em excesso, se aplica fora do período de necessidade da planta, em horários de maior evaporação do dia, pelo uso de técnicas de irrigação inadequadas ou, ainda, pela falta de manutenção nesses sistemas de irrigação.

Técnica de Gotejamento Técnica de Gotejamento uso racional na agricultura

Na indústria é possível desenvolver formas mais econômicas de utilização da água através da recirculação ou reuso, que significa usar a água mais do que uma vez. Por exemplo, na refrigeração de equipamentos, na limpeza das instalações etc. Essa água reciclada pode ser usada na produção primária de metal, nos curtumes, nas indústrias têxteis, químicas e de papel.

Nos sistemas de abastecimento de água uma quantidade significativa da água tratada - 15 % ou mais - é perdida devido a vazamentos nas canalizações, assim como dentro de nossas casas.

É fácil observar como a população colabora na conservação da água em cidades que têm problemas de abastecimento ou onde existe pouca água. Ou, ainda, onde a água é cara. Nessas cidades, as pessoas costumam usar a mesma água para diferentes finalidades. Por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois usada para lavar quintal. As pessoas ainda mudam seus hábitos para usar a água na hora em que ela está disponível; evitam vazamentos; só regam jardins e plantas na parte da manhã ou no final da tarde; lavam seus carros apenas eventualmente; não lavam calçadas, apenas varrem; não instalam válvulas de descarga nos vasos sanitários e sim caixas de descarga, que são mais econômicas e produzem o mesmo resultado e conforto.

Descarga acoplada Descarga acoplada mais econômica

Manter torneira fechada Manter torneira fechada sempre que possível

O crescente agravamento da falta de água tem levado as pessoas a estabelecer uma nova forma de pensar e agir, inclusive mudando seus hábitos, usos e costumes. Essa forma de pensar e agir visa o crescimento econômico respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água.

A conscientização e a educação do povo, do consumidor, são fundamentais.

Racionalizar o uso da água não siginifica ficar sem ela periodicamente. Significa usá-la sem desperdício, considerá-la uma prioridade social e ambiental, para que a água tratada, saudável, nunca falte em nossas torneiras.

Fonte: www.tvcultura.com.br

SERÁ MESMO O PLANETA ÁGUA?

O fato de o nosso planeta ter dois terços da superfície recoberta pela água dos oceanos talvez dê a impressão de que a água na Terra seja uma coisa infindável. Após as primeiras viagens espaciais, ocorridas nos anos 60, inúmeras fotos do planeta feitas do espaço foram divulgadas. As imagens da “Terra, Planeta Água”, como diz a canção de Guilherme Arantes, espalharam-se e, em geral, transmitem uma idéia muito forte da grande quantidade de água que parece existir no planeta.

Vivendo em um planeta com grandes chuvas e enchentes; com grandes desertos onde sempre há um oásis; no planeta dos oceanos, das cachoeiras, dos grandes rios, das geleiras e dos icebergs, como é possível acreditar que estamos correndo perigo, pois podemos, em poucas décadas, ter enormes dificuldades em encontrar água potável para nossa sobrevivência?

É importante que se tenha claro que o volume total de água existente na superfície da Terra não corresponde ao volume total de água disponível para consumo da humanidade.

De toda água existente na Terra, 97% encontram-se nos oceanos sendo, portanto, salgada. Dos 3% de água doce restante, 2% estão nas geleiras e apenas 1% é água doce presente na atmosfera, lençóis subterrâneos, lagos e rios. É desse 1% que mais de 6 bilhões de seres humanos devem obter a água que precisam para sobreviver. No entanto, parte desse 1% já está poluído por esgotos e resíduos industriais, tornando-se impróprio para o consumo.

Metade das áreas úmidas do mundo foi destruída nos últimos cem anos, por conta das transformações do meio ambiente promovidas pelos seres humanos. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde, a água já é escassa para um bilhão de habitantes do planeta. Se não forem adotadas medidas urgentes, um terço da população poderá ficar sem água apropriada para consumo até 2025. Assim, o fornecimento de água potável para todos é o grande desafio da humanidade para os próximos anos.

Há 50 anos, éramos dois bilhões e meio de habitantes no planeta. Hoje somos mais de seis bilhões; isso mostra que a população mundial mais que dobrou nas últimas cinco décadas. Se, de um lado, a população de seres humanos cresceu dessa maneira, o mesmo não aconteceu com a água doce disponível. A quantidade de água que existe na Terra não se modifica ao longo do tempo: no vaivém natural do seu ciclo, a água se transforma em vapor e este se condensa ou solidifica, voltando à superfície em forma de chuva, orvalho, neve ou mesmo granizo. As transformações da água na natureza são muitas e permanentes; porém, a quantidade total do planeta se conserva, ou seja, não aumenta nem diminui.

Ciclo da Água

Ciclo da Água

Pequeno ciclo

O calor do ambiente faz derreter (fundir) e evaporar a água dos oceanos, geleiras, rios e lagos. O vapor d'água presente no ar condensa-se, então, formando as nuvens que depois produzem as chuvas. Com as chuvas, a água retorna à superfície terrestre.

Grande ciclo

Tem a participação de seres vivos. As plantas absorvem a água da chuva infiltrada no solo e a eliminam no ambiente em forma de vapor. Os animais participam do ciclo bebendo água e comendo. A eliminação de água do corpo dos animais se dá pela transpiração, urina e fezes.

Além de ser apenas 1% do total da água do planeta, a água doce é desigualmente distribuída na superfície terrestre: existem regiões que têm água doce em abundância, ao passo que outras são muito secas. No norte da África e no Oriente Médio, as regiões são áridas: é o caso do Kuwait, país petrolífero do Golfo Pérsico, onde praticamente não existem fontes de água doce. Já na América do Sul, por exemplo, existem maiores porções de terras úmidas. E no Brasil, será que a água é abundante? Ela é distribuída igualmente em todas as regiões?

No Brasil, encontram-se 11,6% de toda água doce do planeta e mais da metade da água doce da América do Sul. O que ocorre é que a maior parte de toda essa água encontra-se nas regiões de menor densidade demográfica, como é o caso da Região Norte do Brasil. Já no Sudeste, apesar de haver uma quantidade razoável de água, existe também uma população muito numerosa e a necessidade de recursos hídricos é enorme. Para dificultar a situação, parte dessa água encontra-se altamente poluída. ( clique aqui e veja site com as bacias hidrográficas brasileiras)

Água: um bem comum da humanidade?

A água pode ser entendida como um direito humano fundamental, individual e coletivo, ou como uma mercadoria, um bem econômico. No último caso, os recursos hídricos seriam gerenciados sob a ótica do mercado: as empresas de captação e saneamento devem ser privadas e o preço da água, regulado pelas relações entre oferta e procura. Por outro lado, há setores que defendem a luta pela gestão pública do saneamento, considerando que esse é o caminho para garantir sua qualidade e acessibilidade.

Cobrar pela água já é prática comum em alguns países, como Estados Unidos, França, Alemanha e Holanda. No Oriente Médio alguns países necessitam importar água para consumo doméstico. A cobrança pela água pode transformá-la numa fonte de lucro e ocasionar deficiências nos serviços de abastecimento, perda de qualidade, além de impactos sobre o custo de vida.

A privatização da água, por sua vez, pode ocasionar sérios problemas: se não houver um órgão, legalmente credenciado, que seja responsável pela análise de sua qualidade, corre-se o risco de que a água distribuída esteja contaminada, podendo transmitir doenças. Deixando-se o fornecimento de água nas mãos de companhias privadas, essas podem eventualmente abandonar o projeto, caso constatem que ele não traz o retorno financeiro esperado. Além disto, é necessário garantir a qualidade nos processos de manutenção, reparo, administração de aquedutos e redes de esgoto, o que se torna mais difícil com a privatização.

No Brasil, pagamos apenas pelo tratamento e distribuição da água, sendo que o líquido em si é gratuito. Porém, a Lei no. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, permitindo a cobrança pelo recurso.

Reservas hídricas: preservar para não acabar

Ao ocupar ambientes, o ser humano sempre os transforma. Por meio de tecnologias, ele extrai e utiliza recursos naturais na produção de bens necessários à sua sobrevivência (moradia, construção de prédios industriais e comerciais, alimentos, transporte, comunicações, água encanada, rede de coleta de esgotos etc.).

Ao longo de muitos séculos, o crescimento populacional e os avanços técnicos foram lentos. Hoje, porém, as coisas são diferentes: tudo tem ritmo acelerado, inclusive a devastação ambiental.

O modo como a ocupação humana se dá hoje no mundo e os graves desequilíbrios resultantes de sua ação no ambiente, além de provocar a morte de muitos animais e vegetais, compromete seriamente o abastecimento de água às populações do planeta.

Por exemplo, a ocupação de mananciais – áreas que contêm fontes de água, como nascentes, rios, lagos, represas, açudes ou poços - podem ocasionar alterações no ciclo da água, contaminação do solo e da água, erosão, escoamento inadequado de águas pluviais, assoreamento, além do desmatamento da região.

O desmatamento nas áreas de mananciais é uma das causas da diminuição de água disponível para consumo da população. Que ligação há entre desmatamento e abastecimento de água das cidades?

Acontece que, quando a mata é retirada, o solo fica nu, sem cobertura vegetal. A água da chuva, ao cair nesse solo nu, não encontra nenhum tipo de barreira; ela escorre com rapidez por essa terra e não se infiltra no solo. Se isso não acontece, o solo não fica devidamente encharcado e não abastece o lençol freático, que fica mais vazio. Isso faz com que os mananciais, que se originam de lençóis freáticos, também fiquem com menos água. Tudo vai secando. Clique aqui para entender como é formado o lençol freático ou aquífero.

Além disso, essa água que escorre com rapidez, arrasta para o rio grandes quantidades de areia e terra, fazendo com que o rio fique mais raso e, em conseqüência, mais largo e lento. Esse processo, chamado assoreamento, tem ocorrido com muitos rios brasileiros. Rios assoreados tornam impossível a vida de peixes de grande porte. Por causa do alargamento, em muitos casos o rio invade áreas destinadas à agricultura, podendo provocar erosão nas terras junto às margens.

Outro tipo de problema é o que ocorreu na cidade de Cubatão, no Litoral Paulista. Indústrias e população passaram a utilizar intensamente as águas do lençol subterrâneo. Como a retirada de líquido passou a ser maior do que a reposição pelo ciclo da água, o nível do lençol foi baixando, até que o fluxo de água doce que ia em direção ao mar se inverteu e a água salgada invadiu o lençol. Este se tornou salgado e impróprio para consumo.

Há, ainda, outros fatores que comprometem seriamente os recursos hídricos:

Eliminação de resíduos sólidos e líquidos (lixo e esgoto) a céu aberto, favorecendo a contaminação do solo e da água das nascentes, lençóis freáticos, rios e mares, além da disseminação de doenças.

Derramamento de petróleo: o óleo que cobre a água impede a troca de gases entre a água e ar, sufoca a vegetação e provoca a morte de muitos animais, como peixes e aves.

Atividades extrativas: a retirada de terra, areia e pedras pode provocar desbarrancamento, assoreamento e poluição das águas.

Escoamento inadequado das águas da chuva: as águas pluviais podem provocar erosões que comprometem os cursos d’água.

Práticas agrícolas inadequadas: abuso no uso da água, desmatamento, plantios à margem dos cursos d’água, queimada e contaminação do solo e da água por agrotóxicos.

Construção de estradas: uma estrada malfeita pode provocar erosão e ficar como se fosse o leito de um rio.

Como os mananciais são fontes naturais de água que servem para consumo da população, é fundamental que se garanta sua preservação. Isso é lei. Fiscalizar, denunciar e exigir o cumprimento da lei são deveres de todo cidadão. Além disso, é necessário também recuperar as águas que se encontram contaminadas ou poluídas.

Água e saúde

Todo ser humano tem direito a uma vida digna. Mas será que é isso que acontece no mundo?
O que dizem as estatísticas

Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água potável

25 mil pessoas morrem diariamente por não ter água potável para beber

4,6 milhões de crianças de até 5 anos de idade morrem por ano de diarréia, doença que está ligada ao consumo de água não potável; ela se agrava devido a fome e a miséria que atingem brutalmente muitas vidas.

No Brasil, 30% das mortes de crianças com menos de um ano de vida se devem à diarréia também provocada pela ingestão de água não potável

A qualidade de vida das populações depende do acesso aos bens necessários à sua sobrevivência. A água potável, assim como a coleta de esgoto, tem fundamental importância para a diminuição do índice de mortalidade infantil, pois evitam a disseminação de doenças vinculadas às más condições sanitárias e de saúde. Esses itens são igualmente importantes quando nos referimos ao aumento da expectativa de vida da população. A baixa expectativa de vida também é um indicador da pobreza que atinge a população.

Águas deterioradas trazem muitos danos à saúde do homem, por exemplo as doenças de veiculação hídrica, que podem ser adquiridas por ingestão ou contato com água contaminada – como cólera, hepatite infecciosa, esquistossomose - ou transmitidas por insetos que se desenvolvem na água – como dengue, febre amarela, malária, entre outras.

Medidas profiláticas para eliminar ou minimizar o perigo de transmissão de doenças pela água dependem da proteção dos mananciais, do tratamento adequado da água e da manutenção constante do sistema de distribuição.

Saneamento básico

A falta de saneamento básico é um dos graves problemas ambientais de países em desenvolvimento, onde muitas vezes a infra-estrutura disponível não acompanha o ritmo de crescimento das cidades, colocando em risco a saúde de seus habitantes.

O sistema de saneamento básico consiste no conjunto de equipamentos e serviços considerados prioritários em programas de saúde pública, especialmente o abastecimento de água e a coleta e tratamento de esgotos.

O abastecimento de água para uma região passa por várias etapas: a captação em mananciais (o que requer uma atenção especial em relação à ocupação de áreas de bacias hidrográficas), o tratamento (que torna a água potável) e sua distribuição para os diversos usos.

O sistema de esgotamento sanitário recolhe e trata o esgoto, retirando detritos para tornar a água o mais limpa que for possível antes de despejá-la nos mares, rios ou reservatórios. Outro serviço que compõe o saneamento básico de uma cidade é o sistema de drenagem, que recolhe as águas das chuvas e evita enchentes. Também o serviço de limpeza urbana, que mantém limpos os espaços públicos, recolhendo, tratando e dispondo em aterros sanitários os vários tipos de lixo.

Uso da água

Além do desmatamento e da destruição de rios e lagos por meio da poluição doméstica e industrial, o desperdício de água também é responsável pela crise de abastecimento pela qual o país está passando. Muita água se perde porque ocorrem vazamentos nas adutoras e na rede de distribuição; além disso as pessoas não têm o hábito de reutilizar água e consomem muito mais do que o necessário. É preciso que esse recurso seja utilizado com o máximo de equilíbrio, racionalidade e senso de responsabilidade coletiva.

O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo mostrou que, numa cidade como São Paulo, aproximadamente 30% da água é perdida antes de chegar aos consumidores, devido a vazamentos que ocorrem nas adutoras e nos encanamentos públicos. É claro que esse é um problema gravíssimo e que as autoridades têm a obrigação de dar uma satisfação à sociedade sobre esses acontecimentos. E quando a água chega às nossas casas, de quem é a responsabilidade? Ela é de cada indivíduo. E o que cada um de nós pode fazer para evitar o desperdício de água?

É no dia-a-dia que devemos tomar atitudes de respeito com os recursos da natureza e, conseqüentemente, com a vida no planeta. Economizar água; não jogar lixo nas ruas, córregos, rios e represas; preservar a mata natural que cerca as margens dos rios e das represas são atitudes que cabem a todos nós (crianças, jovens, adultos). Se cada cidadão fizer sua parte e a sociedade cobrar dos governantes que cumpram as leis, teremos muito menos problemas com nossos recursos hídricos.

Evite o Desperdício de Água

Para lavar calçadas, quintais etc., não há necessidade de usar a água tratada da torneira. Pode-se reutilizar, por exemplo, água do tanque para essas atividades.

Quando for escovar os dentes ou fazer a barba, deixe a torneira fechada; só abra quando for enxaguar a boca ou o rosto.

Na hora do banho, procure ficar menos tempo com o chuveiro ligado; pode-se fechar o registro durante o ensaboamento.

Fique atento aos vazamentos de água em sua casa. Um buraquinho no encanamento de 2mm jogará fora 3.200 litros de água por dia, segundo dados da SABESP.

Substitua duchas de alta pressão por chuveiros, pois gastam bem menos água.

Substitua a mangueira por baldes quando for lavar o carro.

Fonte: www.educarede.org.br

Planeta Água

Pelo que se sabe, só o planeta Terra tem água em abundância. Estamos falando da água que abrange aproximadamente, 70% da superfície terrestre. São incontáveis as espécies de animais e vegetais que a Terra possui. Sua distância do Sol - 150 milhões de quilômetros - possibilita a existência da água nos três estados: sólido, líquido e gasoso. A água, somada à força dos ventos, também ajuda a esculpir a paisagem do nosso planeta: desgasta vales e rochas, provoca o surgimento de diversos tipos de solo etc.

O transporte de nutrientes, que são aproveitados por centenas de organismos vivos, também é feito pela água.

A Vida Depende Da Água

A existência de tudo o que é vivo, em nosso planeta, depende de um fluxo de água contínuo e do equilíbrio entre a água que o organismo perde e a que ele repõe.

As semelhanças entre o corpo humano e a Terra são: 70% do nosso corpo também é constituído de água. Assim como a água irriga e alimenta a Terra, o nosso sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta nosso corpo.

Quando o homem aprendeu a usar a água em seu favor, ele dominou a natureza: aprendeu a plantar, a criar animais para seu sustento, a gerar energia etc.

Desde as civilizações mais antigas até as mais modernas, o homem sempre procurou morar perto dos rios, para facilitar a irrigação, moer grãos, obter água potável etc.

Nos últimos trezentos anos, a humanidade se desenvolveu muito, a produção aumentou, o comércio se expandiu, provocando uma verdadeira revolução industrial. Nesse processo, a água teve papel fundamental, pois a partir de seu potencial surgiram a roda d´água, a máquina a vapor, a usina hidrelétrica etc.

Hoje, mais do que nunca, a vida do homem depende da água. Para produzir um quilo de papel, são usados 540 litros de água; para fabricar uma tonelada de aço, são necessários 260 mil litros de água; uma pessoa, em sua vida doméstica, pode gastar até 300 litros de água por dia.

Água - Recurso Limitado

No decorrer do século XX, a população do planeta Terra aumentou quase quatro vezes. Um estudo populacional prevê que no ano 2000 a população mundial, em sua maioria absoluta, estará vivendo em grande cidades; com o grande desenvolvimento industrial, a cada dia aparecem novas utilidades para a água. O custo de ter água pronta para o consumo em nossas casas é muito alto, pois o planeta possui aproximadamente só 3% de água doce e nem toda essa água pode ser usada pelo homem, já que grande parte dela encontra-se em geleiras, icebergs e subsolos muito profundos.

Outra razão para a água ser um recurso limitado é sua má distribuição pelo mundo. Há lugares com escassez do produto e outros em que ele surge em abundância.

Com o grande desenvolvimento da tecnologia , o homem passou a interferir com agressividade na natureza. Para construir uma hidrelétrica, desvia curso de rios, represa uma quantidade muito grande de água e interfere na temperatura, na umidade, na vegetação e na vida de animais e pessoas que vivem nas proximidades.

O homem tem o direito de criar tecnologias e promover o desenvolvimento para suprir suas necessidades, mas tudo precisa ser muito bem pensado, pois a natureza também tem de ser respeitada.

O Caminho da Água

A água dos mananciais e dos poços, por conter microorganismos e partículas sólidas em suspensão, percorre um caminho nas estações de tratamento até chegar limpa ao hidrômetro.

Na primeira etapa do tratamento, a água fica na bacia de tranqüilização; em seguida, recebe sulfato de alumínio, cal e cloro. Na segunda etapa, a água passa pelos processos de filtração e fluoretação. Para produzir 33 m³ por segundo de água tratada, uma estação como o Guaraú, no município de São Paulo, gasta em média 10 toneladas de cloro, 45 toneladas de sulfato de alumínio e mais 16 toneladas de cal - por dia!

Nas casas, a água começa seu caminho no hidrômetro (aparelho que mede o volume de água consumida), entra na caixa d´água e passa pelos canos e registros até chegar à pia, ao chuveiro, ao vaso sanitário e tudo o mais.

Após o uso ( para beber, cozinhar, limpar), a água vai para os ralos e em seguida para os canos que vão dar na caixa de inspeção e na saída do esgoto doméstico.Os esgotos que saem das casas, indústrias etc devem ser bombeados para uma estação de tratamento, onde os sólidos são separados do líquido - o que diminui a carga de poluição e os prejuízos para as águas que irão recebê-la.

O tratamento de esgoto é vantajoso, pois o lodo que sobra pode ser transformado em fertilizante agrícola; o biogás resultante desse processo também é aproveitável como combustível.

A Poluição das Águas

Os efeitos da poluição e destruição da natureza são desastrosos: se um rio é contaminado, a população inteira sofre as conseqüências. A poluição está prejudicando os rios, mares e lagos; em poucos anos, um rio sujeito a poluição pode estar completamente morto. Para despoluir um rio gasta-se muito dinheiro, tempo e o pior: mais uma enorme quantidade de água. Os mananciais também estão em constante ameaça, pois acabam recebendo a sujeira das cidades, levada pela enxurrada junto com outros detritos.

A impermeabilização do solo causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva e impede a recarga dos lençóis freáticos.As ocupações clandestinas de áreas que abrigam os mananciais também acabam poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo e esgoto no local.

Os poluidores e destruidores da natureza são os próprios seres humanos que jogam o lixo diretamente nos rios, sem nenhum tratamento, matando milhares de peixes. Desmatadores derrubam árvores das áreas dos mananciais e de matas ciliares, garimpeiros devastam os rios e usam mercúrio, envenenando suas águas.

As pessoas sabem que os automóveis poluem e colaboram para o efeito estufa, mas por falta de opção ou por comodismo não abrem mão desse meio de transporte. Todos sabem que o lixo contamina e polui o meio ambiente. Porém, muitas pessoas jogam-no nas ruas, praias e parques.

A atividade agrícola também é poluidora da água, já que os pesticidas e os agrotóxicos são levados pela água da chuva para os rios e mananciais ou penetram o solo atingindo os lençóis freáticos.

As fábricas lançam gases tóxicos na atmosfera porque não instalam filtros em suas chaminés. Numa cidade como São Paulo, só 17% das indústrias tratam seus esgotos; 83% jogam nos rios toda a sujeira que produzem. Quem mais polui é também quem mais consome: 23% da água tratada é consumida pelas indústrias.

A água poluída pode causar doenças como cólera, febre tifóide, disenteria, amebíase etc. Muitas pessoas estão sujeitas a essas e outras doenças porque suas residências não tem água tratada ou rede de esgoto. Um dado assustador comprova: 55,51% da população brasileira não tem água encanada nem saneamento básico.

O Desperdício Da Água

A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene.

Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las etc.

Quando abrimos uma torneira, não estamos apenas consumindo água. Estamos também alimentando a rede de esgoto, para onde vai praticamente toda a água que consumimos. No ano 2000, os seres humanos estarão consumindo aproximadamente 150 bilhões de m³ de água por ano e gerando 90 bilhões de m³ de esgoto.

O consumo de água cresce a cada dia, mas a quantidade de água disponível para o consumo no planeta não cresce. Em um futuro não muito distante haverá escassez.

Alguns hábitos devem ser adquiridos em nosso cotidiano, tais como fechar a torneira ao escovar os dentes, cuidar para que as torneiras fiquem fechadas de forma correta, reaproveitar a água da lavagem da roupa para lavar o quintal etc.

Um pequeno filete de água escorrendo um dia inteiro por um vazamento pode equivaler ao consumo diário de água de uma família de cinco pessoas.

Os Amigos da Vida

Nem todos poluem a água e estragam a natureza. Existem pessoas que trabalham para conservá-la. Os trabalhadores de uma estação de tratamento de água, por exemplo, passam a vida tratando e filtrando a água que todos consomem. Outros trabalhadores retiram a lama e lixo dos rios e riachos assoreados, para evitar enchentes.

Há pessoas que reflorestam áreas que já estavam se tornando desérticas, que estudam soluções e alternativas para os problemas ambientais. E existem os veículos de comunicação, associações de bairro e entidades ambientalistas que denunciam crimes ecológicos e cobram providências do governo. Porém, os que agem para melhorar o meio ambiente ainda são minoria.

Conscientização e Ação

Se continuarmos tratando a natureza de maneira irresponsável, o futuro nos reservará um mundo devastado e sem recursos. Podemos ter um bom futuro, em paz com a natureza, desde que encontremos o equilíbrio entre as necessidades humanas e a capacidade de recuperação ambiental (auto-sustentação).

Não vale a pena quebrar para depois consertar, poluir para depois limpar.

O grande contraste social e econômico distancia o homem da condição de cidadão e do conhecimento ecológico. Um caminho importante é a educação: para a formação da consciência ecológica, para a vida em harmonia com a natureza e para a convivência solidária entre as pessoas.

Na prática podemos fazer muitas coisas, como economizar água tratada, utilizar menos detergente, jogar o lixo no lugar certo, plantar árvores, respeitar o ciclo da água, usar a água limpa com economia, gastar somente o necessário, denunciar as empresas que poluem, denunciar ocupações clandestinas que estejam despejando esgoto e lixo nos mananciais, cobrar dos governantes a criação e cumprimento de leis que protejam a natureza etc. Conscientizar a população para as questões ecológicas é importante para a conquista de um futuro com água potável e com saúde para toda a humanidade.

Fonte: www.escolavesper.com.br

Água

Os antigos filósofos, observando o grande volume de água de rios como o Nilo, Reno e outros, imaginavam que as chuvas eram insuficientes para alimentar tão consideráveis massas de água. Esta idéias errôneas perduraram até o século XVII, ocasião em que Pierre Perrault mediu a quantidade de chuva durante três anos na cabeceira do Sena. Tendo também medido o volume de água no referido rio, chegou à conclusão de que apenas a sexta parte se escoava e o restante era evaporado. Hoje em dia o estudo da vazão dos rios e da precipitação pluviométrica tornou-se de grande importância para a força hidroelétrica, controle das inundações, irrigação, navegação fluvial, recarga da água subterrânea, etc.

As águas das precipitações atmosféricas sobre os continentes, nas regiões não geladas, podem tomar três caminhos que são: evaporação imediata, infiltração ou escoamento. A relação entre essas três possibilidades, assim como das suas respectivas intensidades quando ocorrem em conjunto(o que é mais freqüente), depende de vários fatores, tais como clima, morfologia do terreno, cobertura vegetal e constituição litológica. Em regiões muito acidentadas, como na Serra do Mar, a tendência é para o escoamento imediato das águas para os riachos e rios. Em terrenos permeáveis, como os arenosos, predomina a infiltração, fato verificado nas extensas savanas do Amapá ou nas regiões arenosas da Bacia do Paraná onde as chuvas, ainda que muito intensas, se infiltram rapidamente. A cobertura vegetal desempenha um papel importantíssimo.

As matas fazem diminuir o escoamento imediato, permitindo ao solo uma absorção e infiltração lenta e eficiente. Grande parte da água fica retida nas folhas das árvores, que ao mesmo tempo impedem o choque direto da gota de água no solo. As folhas das árvores e a trama das raízes constituem excelente proteção contra a erosão, grande inimiga do solo arável e das pastagens. Estas também, quando bem formadas, retardam o escoamento, mas em muito menor escala. Segundo A. Engler, em terrenos morfologicamente e litologicamente idênticos, nas regiões cobertas de mata, a infiltração é de 40%, enquanto naquelas cobertas de pastagens é de apenas 20%. Por outro lado, o escoamento imediato dá-se justamente ao inverso do caso anterior, isto é, 20% nas matas e 40% nos pastos. Fácil é imaginar-se a importância da cobertura vegetal em relação a inundações, reserva de água no subsolo, combate à erosão, etc.

A fim de dar uma idéia da quantidade de água que se evapora anualmente, citemos alguns dados obtidos no Ceará. Para o açude Lima Campos, em 1934, a evaporação total de cerca de 2,28m. Para o açude Forquilha, em 1934, a evaporação total foi de cerca de 1,96m, e em 1935, de 2,12m. De um modo geral, as parcelas de evaporação dos meses de verão, em média, 1,5 a 1,8 vezes maior do que as parcelas do inverno. Estes dados referem-se à bacia hidrográfica de Quixeramobim, Ceará, entre os anos de 1912-1931, citados por P.de Castro.

Fonte: www.geocities.com

Um Bem para Todos NÓS!

"A água é o constituinte mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez o recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se observe pelos países mundo afora tanta negligência e tanta falta de visão com relação a este recurso, é de se esperar que os seres humanos tenham pela água grande respeito, que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido a menos que haja uma melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres."

Água - Um bem de todos nós! Água - Um bem de todos nós!

Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos.

O ciclo hidrológico tem três componentes principais:

Precipitações, evaporação e transporte de vapor

A água se precipita do céu como chuva ou neve, a maior parte caindo no mar. Retorna à atmosfera através da evaporação. Uma pequena parte da água que cai na terra é retida e absorvida pela vegetação ou outros organismos e a maior parte corre para o mar, seja como água de escoamento superficial (runoff) ou como água subterrânea. Na direção inversa, o vapor d'água é levado por correntes atmosféricas do mar para a terra, e o ciclo se completa com novas precipitações. As precipitações que caem no solo representam a renovação deste precioso recurso do qual depende a vida terrestre.

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Como a água perde sua pureza?

No seu caminho para o mar, a água vai ficando carregada de partículas e matéria dissolvida, provenientes de detritos naturais e dos despejos da sociedade humana. Quando a densidade populacional ao redor de uma reserva de água é baixa, os resíduos na água podem ser degradados por micróbios, em um processo natural de autopurificação. Quando a capacidade de autopurificação é excedida, grandes quantidades de resíduos se acumulam nos mares, onde podem causar danos à vida aquática.

Existem dois tipos de despejos que contaminam a água: o lixo orgânico -- proveniente de excrementos humanos e de animais e do descarte das partes fibrosas de vegetais colhidos e não consumidos -- e o lixo industrial, gerado pelos processos industriais e pelo descarte que, cedo ou tarde, se faz dos produtos fabricados pelas indústrias.

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Lixo Orgânico

O lixo orgânico é biodegradável, mas pode representar um grande problema: a biodegradação excessiva pode levar à falta de oxigênio em rios e lagos. Os excrementos humanos contêm alguns dos mais nocivos contaminantes conhecidos, incluindo microrganismos patogênicos como os agentes da cólera, da febre tifóide e da desinteria.

Lixo Industrial

O lixo industrial pode incluir metais pesados e grandes quantidades de material sintético, como os pesticidas. São materiais que se caracterizam pela toxicidade e pela persistência, não sendo rapidamente degradados em processos naturais ou nas usinas de tratamento de esgotos. Materiais industrializados tais como vidro, concreto, papel, ferro e alguns plásticos são relativamente inócuos, ou por serem inertes, ou biodegradáveis, ou pelo menos não-tóxicos.

Muitos poluentes penetram em rios e lagos através de descargas de fontes localizadas -- como canalizações de esgotos -- ou de fontes não localizadas, como é o caso das águas de escoamento (runoff), que transportam pesticidas e fertilizantes. Contaminantes também podem penetrar no ciclo da água através da atmosfera. O mais conhecido entre eles talvez seja o ácido resultante da emissão de óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre pela indústria e pelos motores de carro. A deposição de ácido pode ser "seca" (quando os gases atingem diretamente o solo ou a vegetação) ou "úmida" (quando o ácido se dissolve na chuva). Em áreas de pastoreio intensivo, parte da amônia liberada de esterco é introduzida na atmosfera e parte é convertida por micróbios no solo em nitratos solúveis. Como o nitrato tem alta mobilidade, por ser solúvel em água e não se ligar a partículas do solo, tornou-se um dos principais poluentes da água subterrânea.

A contaminação do oceano

A zona costeira é região de grande produtividade biológica, sustentando vida marinha que engloba desde plâncton a peixes, tartarugas e baleias. A maior parte dos peixes de água salgada consumidos é pescada ao longo de uma região de 320 km a partir da praia. A cada ano, toneladas de sujeira são depositadas nessas zonas costeiras e nas cabeceiras de rios. Uma parte crescente desse depósito acumulado pode ser atribuída à erosão e à desflorestação causadas pela intervenção humana. Além das descargas de rios, outras causas contribuem para que a poluição chegue ao oceano: escoamento de águas superficiais, transporte atmosférico, despejo de lixo, acidentes de navios, entre outras. Garrafas plásticas não-degradáveis e outros restos de consumo jogados nas praias são carregados pelas correntes marítimas, causando a morte de milhares de pássaros, peixes e mamíferos marinhos que os confundem com alimento ou neles ficam aprisionados.

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Descargas excessivas de esgoto das áreas urbanas praieiras levam à eutroficação das águas costeiras, o que pode alterar a composição das populações de plâncton. O crescimento acelerado de plâncton, devido ao elevado teor de nutrientes dos esgotos pode levar ao esgotamento do oxigênio disponível para os peixes, causando sua morte. Além do mais, a presença de bactérias patogênicas no esgoto tem levado à interdição de praias aos banhistas e a proibições de pesca de moluscos e crustáceos, que concentram bactérias em seus tecidos.

Alguns milhões de toneladas de petróleo atingem o oceano a cada ano e essa contaminação acumulada por décadas não chega a cobrir áreas extensas do oceano graças à evaporação eventual do petróleo e à sua degradação por bactérias. Mas, embora o petróleo seja biodegradável, os micróbios precisam de um tempo relativamente longo para cumprir sua tarefa, e nesse meio-tempo um derramamento de petróleo vem a ser letal para uma variedade de plâncton, peixes e mariscos, assim como a pássaros e mamíferos marinhos.

O manejo racional da água A água vem se tornando cada vez mais escassa à medida que a população, a indústria e a agricultura se expandem. Embora os usos da água variem de país para país, a agricultura é a atividade que mais consome água. É possível atenuar a diminuição das reservas locais de água de duas maneiras: pode-se aumentar a captação, represando-se rios ou consumindo-se o capital -- "minando-se" a água subterrânea; e pode-se conservar as reservas já exploradas, seja aumentando-se a eficiência na irrigação ou importando alimentos em maior escala -- estratégia que pode ser necessária para alguns países, a fim de reduzir o consumo de água na agricultura.

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Assegurar a quantidade de água necessária não basta. É preciso manter a qualidade da água.

Milhares de lagos estão atualmente sujeitos à acidificação ou à eutroficação -- processo pelo qual grandes aportes de nutrientes, particularmente fosfatos, levam ao crescimento excessivo de algas. Quando as algas em quantidade excessiva morrem, sua degradação microbiológica consome grande parte do oxigênio dissolvido na água, piorando as condições para a vida aquática. É possível restaurar a qualidade da água nos lagos, mas há um custo e o processo leva anos.

Embora a poluição dos lagos e dos rios seja potencialmente reversível, o mesmo não acontece com a água subterrânea. Como a água subterrânea não recebe oxigênio atmosférico, sua capacidade de autopurificação é muito baixa, pois o trabalho de degradação microbiana demanda oxigênio. A única abordagem racional é evitar a contaminação.

Por sua vez, a recuperação da qualidade da água do oceano é incomparavelmente mais difícil do que a dos lagos e rios, segundo experiência já adquirida, que dita ainda mais precaução nesse caso.

Tornou-se clara a necessidade de uma abordagem integrada. Expectativas socioeconômicas devem se harmonizar com as expectativas ambientais, de modo que os centros humanos, os centros de produção de energia, as indústrias, os setores agrícola, florestal, de pesca e de vida silvestre possam coexistir. Nem sempre o fato de existirem interesses variados significa que devam ser conflitantes. Podem ser sinergísticos. Por exemplo, controle de erosão caminha junto com reflorestamento, prevenção de enchentes e conservação de água.

Um projeto de manejo de recursos hídricos deveria visar mais um aumento da eficiência no consumo de água do que um aumento da disponibilidade de água. O aumento do fornecimento de água é usualmente mais caro e apenas adia uma crise. Para alguns países, aumentar a eficiência é a única solução às vezes. A irrigação pode ser e geralmente é terrivelmente ineficiente. Na média mundial, menos de 40% de toda a água usada na irrigação é absorvida pela plantação. O resto se perde. Um dos problemas trazidos pela irrigação excessiva é a salinização. À medida que a água se evapora ou é absorvida pelas plantas, uma quantidade de sal se deposita e se acumula no solo. Novas técnicas de micro-irrigação, pelas quais tubulações perfuradas levam a água diretamente às plantas, fornecem boa maneira de conservar a água.

A captação de água subterrânea para aumentar o fornecimento de água deveria ser evitada a todo custo -- a menos que se garanta que o aqüífero de onde se tira a água será reabastecido. Como a água subterrânea se mantém fora do alcance de nossas vistas, pode se tornar poluída gradualmente sem excitar o clamor público, até que seja tarde demais para reverter o dano causado pela poluição.

A adoção de programas de prevenção de poluição é preferível à utilização de técnicas de remoção de contaminantes em água poluída, uma vez que a tecnologia de purificação é cara e complexa à medida que o número de contaminantes cresce.

Paralelo a tudo isso, existe a necessidade de se fazer mais pesquisa sobre a hidrosfera, com estudos sobre a ecologia e a toxicologia da vida marinha; sobre o ciclo hidrológico e os fluxos entre seus compartimentos; sobre a extensão das reservas subterrâneas e sua contaminação; sobre as interações entre clima e ciclo hidrológico.

"Predizer o que pode acontecer se medidas rigorosas não forem implementadas no manejo dos recursos hídricos é fácil. Rios que viraram esgotos, lagos que se tornaram fossas... Não vimos isso acontecer? Pessoas morrem por beber água contaminada, a poluição sendo carregada para o mar ao longo das praias, peixes envenenados por metais pesados e a vida silvestre sendo destruída... A política do laissez-faire com relação ao manejo da água só pode conjurar mais desgraças desse tipo -- e em escala maior.

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