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domingo, 12 de julho de 2009

ESPECIES EM EXTINÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO

Espécies em Extinção

Animais

Onça

No cenário das alterações por que passa o meio ambiente, o empobrecimento da diversidade biológica talvez seja o mais importante, pois é o único totalmente irreversível. Qualquer espécie animal ou vegetal, por mais insignificante que possa parecer, desempenha um papel insubstituível no ecossistema do qual faz parte e é produto de milhares de anos de evolução.

Quando o último representante de um determinado tipo de animal ou vegetal é eliminado, nunca mais poderá voltar a existir. Lamentavelmente este é o caso de muitas espécies.

A UICN, importante organização internacional de conservação da natureza, estima que, em todo o mundo, de uma a duas espécies de plantas são extintas por dia, enquanto as de animais varia de 50 a 250 por dia.

São três as principais causas da extinção de seres vivos. A mais conhecida entre elas, a caça, é considerada responsável pela eliminação de quase um quarto das espécies. A destruição de habitats contribui com 36%.

A menos conhecida delas, porém de grande importância, é a introdução de espécies, responsável por 39% da destruição. A literatura é pródiga em exemplos de plantas e animais que foram levados pelo homem de uma região para outra, provocando verdadeiros desastres ecológicos. Um caso recentemente divulgado mostra como o sapo-cururu, animal tão conhecido das crianças do Brasil, pôde causar danos ambientais na Austrália, onde foi introduzido em meados deste século.

Ararinha-azul: Cidade se Une para Salvar Ave em Extinção

"A esperança em Curaçá não é verde. É azul". O lema, do vaqueiro Zé do Roque, de Curaçá, no sertão da Bahia, retrata a união da comunidade do pequeno povoado às margens do Médio rio São Francisco em torno da salvação da ararinha-azul, espécie de ave em extinção que vive na Caatinga. De caraibeira em caraibeira, um único exemplar do pequeno pássaro de apenas 400 gramas, 30 centímetros e plumagem azul-cinza sobrevive, solitário, em liberdade. Com seu longo canto, procura atrair uma companheira, nas árvores ribeirinhas onde costumam fazer ninhos, mas as outras 37 ararinhas-azuis existentes no mundo estão em cativeiro.

Cada vez que abre suas asas, Severino, como foi apelidado pela população de Curaçá, desenha no céu a simbiose que Deus lhe deu com a natureza. Para viver, o pássaro de sangue azul precisa do verde das matas ciliares que pontilham no município, cravado na região semi-árida do norte do Estado da Bahia, ao longo do riacho da Melancia. Ocorre que o habitat já devastado da Cyanopsitta Spixii está sendo destruído também pelos bodes dos sertanejos. Daí a necessidade de atrair a ajuda de toda Curaçá.

Para tentar evitar a extinção da ave, o Ibama, órgão responsável pela preservação do meio ambiente, criou, em 1990, o Comitê Permanente para Recuperação da Ararinha-Azul, que congrega representantes da comunidade científica, do próprio órgão e criadores internacionais. À frente do projeto de campo está o biólogo catarinense Marcos Da-Ré, que desde 1991 vive num quarto de pensão da cidade, de cerca de 10 mil habitantes, para implantar um projeto arrojado de mobilização popular: o Comunidade de Conservação.

A idéia é audaciosa. Tanto na cidade, onde o mercado municipal dita o ritmo do desenvolvimento urbano, como no campo, onde a maior atividade é das lavadeiras junto aos rios, Da-Ré quer sensibilizar a comunidade sobre a necessidade de se criar uma reserva ambiental no habitat da ararinha-azul e, assim, substituir a proteção legal pela vigilância espontânea.

O biólogo já conseguiu parte dos seus objetivos: os sertanejos descobriram que a proteção ambiental também pode resultar em melhoria das suas próprias condições de vida. Por isso, têm investido nos cercados, tradicional técnica de manejo do gado que também reserva espaço ao crescimento da caraibeira, árvore para a qual a ararinha-azul sempre volta.

Todo esforço é pouco. Afinal, Severino é o último sobrevivente azul de sangue realmente nobre: carrega em seu vôo a memória biológica da espécie e é o único que ainda realmente conhece os segredos da vida em liberdade. (Marleine Cohen, Parabólicas)

Bicudinho-do-brejo

Em 1995, biólogos do Museu de História Natural do Capão do Embuia, de Curitiba (Paraná), identificaram um novo gênero de pássaro no litoral sul paranaense, um local degradado e muito próximo dos melhores centros de pesquisas do País.

O Stymphalornis acutirostris ou bicudinho-do-brejo, como foi denominado, é muito pequeno, rasteiro, e foi descoberto escondido nos banhados e locais pantanosos da região. Embora pertença à família Formicaridae, ou Papa-formiga, os ornitólogos Bianca Reinert e Marcos Bornscheim logo perceberam que não se enquadrava em nenhum outro gênero já descrito, dadas as particularidades de seu longo bico e da sua plumagem cinza-chumbo.

O mais irônico é que, recém-descoberto, o pequeno pássaro já está ameaçado de extinção. Só para se ter uma idéia do tamanho do risco, a área onde foi localizado pela primeira vez já teve sua vegetação totalmente desbastada e o brejo drenado.

Micos-leões-dourados Continuam Ameaçados

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), um dos mais ameaçados animais da fauna brasileira, continua em perigo, apesar do enorme esforço desenvolvido por diversas organizações nacionais e internacionais para recuperar a espécie.

Originário da Mata Atlântica, no Estado do Rio de Janeiro, recente recenseamento realizado pela bióloga Cecília Kierulff, da Universidade Federal de Minas Gerais, apontou a existência de apenas 559 micos, sendo que somente 290 vivendo na Reserva Biológica de Poços das Antas, município de Silva Jardim (Rio de Janeiro). Os restantes foram encontrados em áreas particulares sem qualquer proteção, onde os desmatamentos e a caça não são fiscalizados.

Além deste problema, as populações são muito pequenas e o isolamento entre elas tem levado a altos graus de consangüinidade, que em alguns casos chega a ser de 100%.

Este fato, somado à caça e ao desmatamento que continuam a ocorrer na região, poderá levar à inviabilidade da espécie nos próximos 100 anos, prevê a bióloga.

Sapo-cururu Vira Praga na Austrália

Em 1935 o Bufo marinus, conhecido popularmente no Brasil como sapo cururu, foi introduzido na Austrália como controlador biológico de duas espécies de besouros que causavam sérios danos às lavouras de cana-de-açúcar. O projeto não foi bem feito e resultou em fracasso no controle biológico, mas o clima favorável e a existência de poucos predadores naturais transformou esta espécie introduzida em uma praga. Por ser venenoso, algumas espécies de lagartos e cobras que dele se alimentam têm apresentado acentuado declínio de suas populações em determinadas áreas.

Fonte: www.mre.gov.br

Espécies em Extinção

Extinção pode ser definida como o evento pelo qual o último representante de uma espécie deixa de existir. Ou ainda, de modo mais abrangente, como o momento a partir do qual os indivíduos remanescentes de uma espécie mostram-se incapazes de produzir descendentes viáveis ou férteis (Frankel & Soulé, 1981).

A extinção de espécies é um fenômeno natural tanto quanto o surgimento de novas espécies por meio da evolução biológica. A maior parte das espécies de plantas e animais que já povoaram a face da Terra se extinguiu devido a causas naturais antes mesmo do aparecimento do homem, e os paleontólogos reconhecem cinco períodos em que extinções em massa reduziram a biodiversidade no planeta (Gibbs, 2001). Então, por que tanta preocupação com aquelas espécies que hoje estão ameaçadas de extinção?

Mais do que o evento da extinção em si, interessa compreender o processo pelo qual as espécies tornam-se extintas. Atualmente, os processos que eventualmente levariam ao desaparecimento de muitos dos seres vivos que conhecemos foram “acelerados” pela ação humana. A espécie Homo sapiens não é a mais populosa do planeta, mas tornou-se dominante pela capacidade de alterar o ambiente natural, adaptando-o às suas necessidades e, assim, reduzindo em extensão e em qualidade os hábitats nos quais vive a maior parte dos demais seres vivos.

Embora, na pré-história, a caça pelo homem antigo possa ter sido a causa da extinção de alguns grandes mamíferos, hoje a grande ameaça à maioria dos organismos é a perturbação, fragmentação e, finalmente, destruição dos hábitats. O papel humano nos processos de extinção tem sido o de elevar a taxa de desaparecimento das espécies existentes, ao mesmo tempo em que interfere no processo de evolução biológica, responsável pelo surgimento de novas espécies. Estima-se que, durante o século XX, a taxa de extinção de espécies foi 100 vezes maior do que aquela existente antes do surgimento do homem (Lawton & May, 1995). Convencionou-se chamar a essa perda rápida de espécies de erosão da biodiversidade.

A diversidade biológica do planeta constitui um patrimônio natural comum, sendo a fonte de muitos dos recursos naturais renováveis explorados para alimentação, produção de energia, pelas indústrias farmacêutica e de cosméticos, etc. Na tentativa de refrear o ritmo atual de extinções, iniciativas internacionais passaram a identificar as espécies em maior risco de desaparecimento e, assim, a estabelecer prioridades de pesquisa e conservação.

A União Mundial para a Natureza (IUCN – The World Conservation Union) tornou-se referência mundial na avaliação de espécies ameaçadas, através da publicação, desde 1966, das chamadas listas vermelhas de plantas e animais ameaçados de extinção. Ao longo dos anos, não só as espécies, mas também os critérios para definição de seu estado de conservação foram revisados, acompanhando o avanço do conhecimento científico e tornando a avaliação mais objetiva e replicável em diferentes momentos e regiões (Gärdenfors et al., 1999).

O Brasil elaborou sua primeira lista de fauna ameaçada em 1973 (Portaria no 3.481-DN/73), com 86 espécies. A lista atualmente em vigor (Portarias IBAMA no 1522/89 e 45-N/92) foi preparada inicialmente por 14 especialistas reunidos durante o XVI Congresso Brasileiro de Zoologia, em 1989 (Bernardes et al., 1990). A portaria de 1989 foi acrescida de uma espécie em 1992, somando hoje 208 espécies.

A primeira lista estadual de fauna ameaçada no Brasil foi publicada no Paraná em 17 de fevereiro de 1995 (Lei nº 11.067/95). No mesmo ano, a Fundação Biodiversitas, atendendo à solicitação do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, elaborou a lista mineira (Deliberação COPAM 041/95). Um roteiro metodológico para subsidiar a elaboração de outras listas estaduais também foi resultante desse trabalho (Lins et al., 1997).

Em fevereiro de 1998, o Estado de São Paulo acatou recomendação de especialistas reunidos na Universidade Federal de São Carlos e declarou como ameaçadas de extinção ou como provavelmente ameaçadas as espécies da fauna silvestre listadas nos anexos do Decreto no 42.838/98. O Estado do Rio de Janeiro homologou sua lista no mesmo ano, mediante a portaria SEMA no 1 de 4 de junho de 1998.

Com a publicação deste decreto, o Rio Grande do Sul torna-se o quinto estado brasileiro a elaborar uma lista de espécies da fauna ameaçada de extinção e a conferir a esses animais proteção legal especial. Esse procedimento é fundamental para o estabelecimento de políticas públicas norteadoras de um desenvolvimento econômico e social que não prescinda da conservação dos exemplares da fauna gaúcha sob maior risco de desaparecimento.

Fonte: www.agirazul.com.br

Espécies em Extinção

O Brasil é considerado o país de maior diversidade biológica do planeta. Segundo o Ibama, órgão responsável pelas listas oficiais de espécies da fauna e da flora brasileiras ameaçadas de extinção, 219 espécies animais (109 aves, 67 mamíferos, 29 insetos, nove répteis, um anfíbio, um artrópode, um coral, um peixe e um crustáceo) e 106 espécies vegetais correm o risco de desaparecer. Entre elas, algumas estão praticamente extintas, como a arara-azul-pequena e o passarinho tietê-de-coroa.

Os fatores que ameaçam a biodiversidade são a caça predatória e ilegal, a derrubada de florestas, as queimadas, a destruição dos ecossistemas para loteamento e a poluição de rios. Outro problema grave que ameaça a fauna e a flora brasileira é a chamada biopirataria, a saída ilegal de material genético ou subprodutos de plantas e animais para pesquisas sobre novos medicamentos e cosméticos no exterior sem o pagamento de patentes. A única legislação federal a respeito é a Lei 8.176, de 1991, que proíbe a retirada, sem autorização, de qualquer material genético (animal ou vegetal) das terras da União (que incluem as reservas indígenas).

Em julho de 2.000, o governo editou a Medida Provisória 2.052, o primeiro passo para estabelecer uma legislação federal sobre biopirataria e o acesso ao patrimônio biológico e genético natural. Baseada em um projeto de lei, a medida prevê que estados, municípios, proprietários privados e comunidades indígenas tenham direito a parte do lucro resultante de produtos obtidos de vegetais e animais descobertos em suas áreas, além de um maior controle das coletas.

A regulamentação no País da Convenção da Biodiversidade, assinada durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, por cerca de 150 países, depende da aprovação desse projeto de lei. O Acre e o Amapá são os únicos estados brasileiros que possuem leis específicas sobre a biopirataria. No Acre, para ter acesso aos recursos naturais da floresta Amazônica, as empresas estrangeiras precisam se associar a uma empresa ou entidade brasileira de pesquisa.

Espécies em Extinção

Uma implicação natural do processo de evolução biológica é a extinção de espécies, uma vez que a seleção natural significa a sobrevivência do mais apto, do mais adaptado a cada ambiente. Assim, à medida que ocorrem mudanças ambientais, muitas espécies e até grupos inteiros (famílias) podem ser extintos.

Na longa história da Terra, há provas paleontológicas do desaparecimento de milhares de espécies dos mais diferentes grupos de organismos. Há inclusive um cálculo que estima uma média de 2 a 4 famílias de animais que se extinguem a cada milhão de anos de vida no planeta. No entanto, um fato intrigante é o das chamadas extinções em massa, sendo duas delas, as maiores, bem documentadas. A primeira ocorreu no Permiano, há cerca de 250 milhões de anos, e a mais recente, há 65 milhões de anos, no Cretáceo, sendo conhecida como a extinção dos dinossauros. Nos dois casos, desapareceram bruscamente de 70 a 90% do total de espécies terrestres e marinhas. Nos casos de extinção em massa, a taxa de famílias extintas chega a cerca de 19 a cada milhão de anos.

Ainda não conhecemos as verdadeiras causas das extinções em massa, mas alguns fatos apontam no sentido de que elas podem ter sido conseqüência de grandes e bruscas mudanças da temperatura da Terra e da queda de grandes meteoritos que provocam catástrofes em alguns continentes.

O recente surgimento da espécie humana não alterou os mecanismos evolutivos naturais, a não ser nos últimos séculos, quando passamos a ser o fator fundamental da extinção de milhares de espécies em todo o mundo.

Este é sem dúvida um dos problemas ecológicos mais preocupantes e que têm mobilizado pesquisadores e entidades da maioria das nações, pois aumentam constantemente o número de espécies vegetais e animais já extintas e as ameaçadas de extinção. Isso é grave, pois estão desaparecendo espécies que ainda não conhecemos.

É um fato lamentável, um verdadeiro crime para as futuras gerações, que percamos a riqueza da biodiversidade ainda hoje existente no planeta e que é portadora de um "banco de genes" de valor inestimável. Precisamos entender que toda espécie é importante, hoje ou no futuro, não só para poder servir diretamente ao ser humano, mas também para garantir o equilíbrio dos ambientes naturais, dos quais dependemos.

Em 1971 foi publicada a obra de ecologia do professor Jean Dorst, Antes que a Natureza Morra, um brado de alerta, apoiado pela World Wildlife Foundation que, através do seu presidente, prefaciou:

"O mundo moderno sofreu um grave desequilíbrio em conseqüência da ação do homem, que tende não só para a eliminação da vida selvagem, como também para a destruição da harmonia do meio onde está destinado a viver. Os recursos renováveis estão comprometidos, fato particularmente grave no momento em que as populações humanas aumentam a velocidade crescente, e em que as necessidades se tornam cada dia mais consideráveis. Algumas das nossas atividades parecem conter nelas próprias os germes da destruição da nossa espécie.

Muitos animais e vegetais selvagens encontram-se em vias de desaparecimento ou de rarefação avançada, por todo o mundo, e a lista dessas espécies aumenta dia após dia. Os responsáveis pelos estragos devastadores são essencialmente a caça, realizada levianamente, o verdadeiro vandalismo de alguns e, sobretudo, a destruição dos habitats. Simultaneamente, o homem degrada as terras, devido a um mau tratamento dos solos, espalha pesticidas incontroladamente e envenena o planeta com detritos de uma civilização técnica, derramados de forma abusiva na atmosfera e nas águas. Os recursos marinhos estão sendo pilhados por uma exploração excessiva de uma parte dos oceanos."

Um exemplo clássico da extinção de uma espécie é o da grande ave, o dodô, que vivia nas Ilhas Maurícias (costa oriental da África). Ela pesava em média 25 quilos, era lenta e, com asas reduzidas, não voava, sendo presa fácil de predadores. Nos séculos XVI e XVII os navios que aportavam nessas ilhas levavam um grande número dessas aves para se abastecerem de carne fresca durante as viagens. Além disso foram deixando aí alguns animais domésticos que atacavam as aves, comiam seus ovos e ainda competiam com elas no ambiente. Os últimos dodôs desapareceram em 1680, portanto muito antes do advento da Genética, que apenas nestas últimas décadas desenvolveu tecnologias para o estudo dos genomas e a preservação de genes (banco de genes) das espécies atuais, certamente um tesouro que não podemos perder.

No passado, as colonizações dos novos continentes causaram verdadeiras devastações ambientais, com o extermínio de milhares de espécies e, embora pareça absurdo, o problema, ainda hoje, é grave. Intermináveis listas de animais e plantas em extinção são divulgadas anualmente e, apesar disso, motosseras, redes, armadilhas, diferentes armas e até venenos continuam impunemente sendo usados a serviço dos mais variados interesses, quase sempre injustificáveis.

A União Internacional para a Conservação da Natureza forneceu em 1995 uma lista indicando o número de espécies ameaçadas de extinção, em cada um dos grandes grupos de vertebrados:

Dodô da Ilha Mauricia Raphus Cicillatus

No Brasil conhecemos bem alguns exemplos, como micos-leões, tatus, veados, tamanduás, peixes-boi, preguiças, lobos-guará, onças, jaguatiricas, baleias, antas, papagaios, araras, gaviões, macucos, tartarugas, jacarés. Em outros continentes as listas também são extensas, incluindo por exemplo: ursos-polar, leopardos, orangotangos, gorilas, tigres, pandas, rinocerontes, elefantes indianos, coalas, golfinhos, baleias, ursos, grous, águias, condores, pingüins, gaivotas, tubarões, tartarugas etc.

Todos esses exemplos são apenas de vertebrados, animais maiores e por várias razões mais ligados ao nosso interesse direto, por isso mesmo mais conhecidos. O que dizer então das espécies de invertebrados, de vegetais, de microrganismos? Não podemos esquecer que eles são a maioria das espécies do planeta, tendo os vertebrados apenas cerca de 50 mil espécies atuais.

Fonte: www.editorasaraiva.com.br

Extinção das Espécies

Extinção é um processo irreversível que ocorre quando uma população ou uma característica controlada por fatores genéticos desaparecem. Extinção pode ocorrer ao nível de espécie, como aconteceu com o mamute (Mammuthus primigenius) e ainda a nível de raça, veriedade e de genes ou alelos. Extinção é parte natural do processo de evolução.

Existem aproximadamente 1,5 milhão de espécies vivas na atualidade, que representam menos de 1 % do total de espécies que já foram contemporâneas, algum dia, do planeta Terra. A extinção só é percebida como um problema quanto a taxa de extinção excede a de especiação por um período prolongado, resultando em uma diminuição do número total de variedades de formas vivas. Esse período de extinção em massa de espécies tem ocorrido desde a evolução da humanidade, e a taxa tem se acelerado nos últimos 100 anos.

A extinção de espécies ocorre naturalmente quando existe desequilíbrio em um ecossistema ou habitat. Essas mudanças podem ser de caráter climático; temperatura, precipitação e vento; mudança no comportamento ou efetividade dos predadores, parasitas e doenças; competição entre espécies por suprimentos alimentares e limitação de recursos ambientais.

No entanto, as espécies são capazes de se adaptar às mudanças do meio, porque os indivíduos dentro das espécies não são idênticos. Portanto, alguns indivíduos possuem uma constituição genética que lhes possibilitam sobreviver e reproduzir em condições que para outros, da mesma espécie, são adversas ou inóspitas. Esses indivíduos passarão seus genes para a geração seguinte, desde que a mesma pressão de seleção continue ocorrendo.

Quando as mudanças ambientais são grandes, ou quando a variação genética dentro da população é pequena, pode existir poucos ou nenhum indivíduo cuja constituição genética lhe permita sobreviver ao novo meio. Nesse instante, poucos indivíduos irão sobreviver e a espécie irá desaparecer, ocorrendo a extinção.

Nos últimos 100 anos, a maioria das extinções relatadas, direta ou indiretamente, foram devidas às atividades humana, como a destruição do habitat ou desmatamento, inundação, drenagem, envenenamento pela poluição, alteração das condições climáticas, competição, predação, parasitismo e doenças causados pela introdução de espécies, caça e colheita, dentre outros fatores.

Em geral, populações geneticamente uniformes são menos hábeis para responder a uma forte pressão de seleção, resultante de alterações circunstanciais do ambiente, do que aquelas geneticamente diversas.

Os fatores que afetam a extinção e o desaparecimento de variedades domésticas são os mesmos descritos para os animais selvagens. Durante a história da criação de animais domésticos, um grande número de raças foram extintas. No entanto, nas últimas décadas, houve uma elevação acentuada na taxa de extinção de raças e variedades que representam uma perda dramática de variabilidade genética no pool global de reservas genéticas domésticas.

Variações dentro de uma população originam-se devido a existência de alelos diferentes, ou múltiplas opções genéticas, que podem ocorrer no mesmo locus de um cromossomo, em indivíduos diversos. A freqüência desses alelos permanecem de maneira constante em uma grande população em um meio ambiente estável e é uma característica particular dessa população.

A pressão de seleção resulta em alguns indivíduos produzindo mais descendentes viáveis do que outros, mas quando as pressões de seleção são conflitantes, existe um limite em possíveis mudanças controladas geneticamente. Por exemplo, um grande touro pode ser muito mais hábil em uma disputa com seu rival para garantir maior número de acasalamentos.

Entretanto, se esse grande animal não consegue obter ou consumir alimento suficiente para satisfazer suas necessidades nutricionais em manter um grande corpo, ele poderá não sobreviver e nem reproduzir de maneira satisfatória. Esse exemplo mostra um simples conflito de pressão de seleção para tamanho grande ou pequeno.

Em populações reais, muitas pressões de seleção podem ocorrer ao mesmo tempo atuando sobre os indivíduos e o resultado é que a freqüência de opções genéticas dentro da população estão em constante mudanças. Uma pressão de seleção extrema atuando contra um determinado alelo em favor de outro pode resultar no completo desaparecimento e extinção do gene menos favorecido.

A principal causa da extinção ou desaparecimento de genes dentro de uma população é a seleção. Até o presente, a engenharia genética e as modernas técnicas de biotecnologias não foram o capazes de reconstruir um material genético que foi perdido pela extinção.

Raças são variedades identificáveis dentro de uma espécie. A partir do momento em que se extinguem, as raças não podem ser ressuscitadas em sua magnitude. Entretanto, existem instâncias onde o ancestral original ou descendentes da população ainda existem, e onde as condições ambientais e a descrição racial são bem conhecidas.

Nesse caso, há possibilidade de recriar a raça, por meio da seleção, retirando indivíduos que apresentam muitas características fenotípicas e que podem ainda carregar muitos genes da mesma variedade. No entanto, essa nova população recriada nunca terá a exata constituição genotípica da raça perdida.

Genes perdidos de uma raça podem, teoricamente, serem resgatados de três maneiras. Primeiramente, se o referido gene existir em outra raça ou espécie e ser reintroduzido por cruzamento ou engenharia genética. O problema é a habilidade em identificar e localizar esse gene paralelo, e então transferi-lo apropriadamente e conseguir novamente, sua expressão.

A segunda maneira é construir artificialmente a seqüência de DNA do gene. A dificuldade nesse caso é que precisamos saber previamente a seqüência do gene extinto. Finalmente, o gene perdido pode aparecer por uma mutação espontânea, ao acaso.

Até o presente momento é praticamente mais viável e simples manter as espécies, raças e genes funcionais em um ambiente genético in vivo, no qual sua expressão pode ser predita, do que permitir sua extinção e então ser forçado a tentar sua reconstrução. Para todos os propósitos práticos, extinção é para sempre, e a conservação é uma política relativamente simples contra a perda de recursos genéticos.

É com essa finalidade, de manter viva a diversidade genética de nossos rebanhos caprinos (cabras Azul e Marota) e bovino (Pé-Duro), que a Embrapa Meio-Norte, mantém três núcleos de preservação permanente in situ, em Teresina, Castelo do Piauí e São João do Piauí. Essas raças se encontram em perigo de extinção devido a substituição e absorção por raças exóticas como os caprinos anglonubianos e boer além de bovinos de origem zebuína.

Extinção das Espécies

A extinção de espécies é um processo natural que ocorreu durante toda a história da vida. Uma nova espécie surge num ponto de tempo e floresce, aumentando a população e nicho, mas após certo tempo perde o vigor e desaparece. Estima-se que somente 2-4% de todas as espécies que surgiram vivem hoje [1].

Os motivos variam de caso a caso, tais como mudança de clima, esgotamento de recursos, surgimento de novas espécies mais fortes que ocupam o mesmo habitat, e catástrofe natural. A ciência detectou nos registros geológicos muitos episódios de aumento de taxa de extinção ao longo das centenas de milhões de anos de história da evolução de vida. Alguns deles são marcantes por altas taxas de extinção e são chamados de extinção em massa. Cinco episódios são freqüentemente citados, inclusive o último de 65 milhões de anos atrás quando dinossauros foram extintos, mas há outros episódios de menores escalas. Por exemplo, houve nove ocorrências de relativamente altas taxas de extinção nos últimos 250 milhões de anos [2].

Apesar de a extinção de espécies ser discutida muitas vezes em termos de extinção em massa, ela é um processo contínuo com taxas variáveis, acentuado por acontecimentos catastróficos isolados. Segundo a teoria mais aceita, a extinção de dinossauros foi iniciada pela queda de um asteróide. A maioria de fatalidades pode ter ocorrido num curto período de tempo mas o processo de extinção de uma espécie pode progredir lentamente durante um longo tempo. Cada episódio de extinção em massa foi um processo que continuou durante milhões de anos.

Desde os tempos pré-históricos, dezenas de milhares de anos atrás, o homem causou extinção de espécies, especialmente grandes animais como o mastodonte e tigres com dente de sabre. Mais recentemente, após a colonização pelo homem das ilhas do Oceano Pacífico e do novo mundo, diversos pássaros e outros animais indígenas foram extintos [3]. Nos últimos séculos, especialmente nas últimas décadas, a taxa de extinção de espécies aumentou explosivamente, incluindo todas as formas de vida.

Este fenômeno é às vezes chamado sexto episódio de extinção em massa. Estima-se que entre um terço e dois terços de todas as espécies serão perdidas nos próximos cem anos [4]. Praticamente todas as extinções atuais se devem a atividades humanas. As causas principais são a destruição e fragmentação de habitat, poluição, introdução de espécies não indígenas, mudança de clima, caça e diversas formas de utilização abusiva.

A extinção de espécies tornou-se um assunto de discussão mundial nas últimas décadas devido ao reconhecimento crescente destes fatos e da deterioração geral do meio ambiente. O motivo de se preocupar com a extinção varia entre indivíduos, de interesse econômico até princípio filosófico.

Os motivos freqüentemente mencionados incluem a perda de materiais genéticos ainda desconhecidos que poderiam ser usados para benefício do homem nas formas de remédios e alimentos, perda de conhecimento científico, perda de animais carismáticos e plantas ornamentais, receio de perturbação da biosfera e seus efeitos negativos ao homem, sentimento de culpa pela perda de herança para as gerações futuras, perda de reservas genéticas que prejudicariam futura evolução de novas espécies, e o princípio de que é errado eliminar vidas que desenvolveram ao longo de milhões de anos.

A história mostra que o tempo necessário para o surgimento de novas espécies e a recuperação da biodiversidade após um episódio de extinção em massa é da ordem de 5-20 milhões de anos [5]. Na escala humana de tempo, cada extinção significa uma diminuição definitiva e eterna da biodiversidade, uma perda no valor inerente da biosfera, independente do interesse ou convicção de indivíduos.

História da evolução e extinção de vida no tempo geológico

O surgimento e a evolução da vida é um fenômeno ainda incompreensível e aparentemente foi um processo demorado. Durante centenas de milhões de anos após a formação da Terra, as condições nela eram extremas em diversos sentidos. O planeta estava recebendo novos materiais por bombardeamento de corpos cósmicos que, junto com vulcanismo, transformavam a superfície repetitivamente. A atmosfera continha na matriz de nitrogênio vapor da água em alta concentração, dióxido de carbono, metano e amônia. As temperaturas da superfície e da atmosfera eram altas [6].

Simples formas de vida unicelular como bactérias e algas surgiram em cerca de um bilhão de anos mas seres multicelulares apareceram somente quatro bilhões de anos após a formação da Terra, ou menos de 600 milhões de anos atrás. O primeiro surgimento ocorreu entre 600 e 530 milhões de anos atrás. A fauna deste período é denominada coletivamente Ediacaran e consiste de animais invertebrados com corpo macio. Durante o período houve diversos episódios de invenção de novas formas mas a maioria não foi bem sucedida, sendo as linhas extintas, exceto talvez algumas como água-viva e o coral. Nestes períodos iniciais todas as formas de vida permaneceram somente no mar. Cerca de 530 milhões de anos atrás, durante um período de cinqüenta milhões de anos, surgiram todas as formas básicas de anatomia (no nível de filo) de animais existentes atualmente, num episódio denominado Explosão Cambriana. No período posterior de mais de 500 milhões de anos, a evolução no reino animal envolveu somente variações e refinamentos baseados nos planos básicos estabelecidos neste episódio [7, 8].

A extinção de espécies é um processo necessário para a evolução de novas e mais avançadas formas de vida e também é inevitável na escala geológica de tempo. A vida procura sobrevivência e pequenas variações vantajosas levam a evolução de espécies melhor adaptadas. Uma espécie enfraquecida, pela mudança de clima por exemplo, pode ser substituída lentamente por outras. Estima-se que a extinção dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás, abriu a possibilidade para mamíferos prosperarem, que eventualmente levou ao surgimento do homem. A Terra é um planeta ativo, com suas condições física, química e climática em fluxo.

Os continentes estão em movimento, formando montanhas quando dois continentes colidem e oceanos quando um continente quebra. Condições climáticas como a precipitação e temperatura variam com a posição e orientação do continente. Cerca de 225 milhões de anos atrás, todos os continentes se juntaram, formando um super continente Pangaea [9]. Este continente fragmentou-se cerca de 200 milhões de anos atrás, formando dois blocos, Gondwanaland e Laurasia. As placas tectônicas dos dois blocos continuaram se separar, eventualmente formando a geografia atual. O continente Antarctica estava em latitudes mais baixas e tinha florestas que deixaram carvão.

Atividades vulcânicas criam montanhas e ilhas, soltam lavas, cinzas e enxofre que bloqueiam o raio solar sobre grandes áreas por longos períodos. Meteoros e asteróides caem na Terra e causam fogos e inundações. A atividade solar e a inclinação da Terra variam com o tempo e afetam o clima. Até o movimento da galáxia pode ter influência. Além destes fenômenos inanimados, interações entre espécies e entre a biosfera e o meio geofísico também podem causar extinção. Atualmente em certas ilhas e outros lugares espécies introduzidas pelo homem estão diminuindo a população de espécies indígenas.

A Tabela 1 mostra um sumário da história de evolução da vida. O tempo geológico é classificado em quatro eras, sendo cada uma dividida em períodos e menores segmentos. Estas divisões são classificações de tipos de rochas sedimentares contendo fosseis de animais e plantas distintos e referem-se também aos períodos nas quais as fauna e flora prosperaram. A data é determinada por análises de isótopos radioativos. A geografia, o clima e outras características do planeta estão sempre mudando e as divisões do tempo geológico são marcadas por fenômenos como movimentos de continentes, variação do nível do mar em relação aos continentes, atividades vulcânicas intensas, queda de meteoros, variação da temperatura, e outros. Os períodos mostrados são longos, dezenas de milhões de anos, e houve em cada período surgimentos e evolução de novos tipos de vida e extinções de espécies.

Houveram cinco casos reconhecidos de grande extinção em massa. As causas não são bem entendidas, exceto a do quinto episódio. Um outro, sexto, caso de extinção está em progresso atualmente devido às atividades humanas. Em cada caso uma parte de fauna e flora desapareceu mas posteriormente surgiram novas formas de vida para ocupar os nichos deixados livres. Além destes surgimentos episódicos a evolução de vida continuou na forma de seleção natural e novas espécies mais avançadas se desenvolveram.

Casos históricos de extinção pelo homem

São descritos alguns casos marcantes de extinção causada pelo homem [2, 3]. A população humana mundial nos períodos históricos é estimada em 1 milhão (1M), 5M e 50M nos anos 10.000, 5.000 e 1.000 AC [11]. Apesar da pequena população (menor que 1% da atual 3000 anos atrás), a influência humana no meio ambiente e na biosfera não foi desprezível.

A modificação do meio ambiente pelo homem iniciou pelo menos 50.000 anos atrás quando savana na África foi queimada intencionalmente, possivelmente causando extinção de fauna e flora. Nas Américas e na Austrália, 15.000-20.000 anos atrás, a caça de grandes mamíferos aparentemente causou extinções consideráveis, com perda de entre 74 e 86% de gêneros de mega-fauna, animais maiores que 44 kg, inclusive o mastodonte e tigres com dente de sabre.

Na Europa, pelo menos 5.000 anos atrás, foram iniciados desmatamento e conversão de terras selvagens em pastos. Há evidências de que na América do Norte povos indígenas modificaram florestas durante pelo menos 4000 anos, provendo oportunidades para búfalos aumentarem seu nicho e causando extinção de espécies, pelo menos localmente. Na América Central, grandes extensões de florestas já tinham sido desmatadas quando da chegada dos europeus.

A colonização pelo homem de ilhas nos oceanos também era uma causa de extinção de espécies nativas devido à introdução de animais predadores e plantas invasoras, caça intensiva, conversão de florestas em pastos e terras para agricultura. Nas ilhas do Hawaii estavam presentes 98 espécies de aves endêmicas antes da colonização pelos polinésios em 400 AD.

Cerca de 50 delas foram extintas até 1778 quando os europeus chegaram pela primeira vez. Após a colonização humana da Nova Zelândia em 1000 AD, a introdução de cachorros domésticos e ratos, desmatamento de grandes áreas e caças intensivas de grandes pássaros levaram a extinção de 13 espécies de moas e 16 outros pássaros antes da chegada dos europeus. Estima-se que a colonização de outras ilhas dos Oceanos Índico e Pacífico levaram a extinção de até um quarto das espécies de aves que existiam milhares de anos atrás.

A colonização mais recente da Austrália e das Américas pelos europeus também causou profundas modificações do ecossistema e extinção de espécies. Mais de 60 espécies de vertebrados foram introduzidas na Austrália entre 1840 e 1880. O número de espécies de insetos introduzidos aos Estados Unidos aumentou de 36 em 1800 a mais de 1200 em 1980. No Hawaii a extinção de pássaros continuou devido a novas doenças e predadores introduzidos, como gatos, ratos e corujas. Dezessete espécies foram extintas, deixando somente 31% das espécies existentes no ano 400 AD. Diversas outras estão em perigo de extinção.

O número de espécies existentes na Terra é estimado em 13-14 milhões. Estima-se que cerca de 300.000 foram extintos nos últimos 50 anos [1, 4].

Biosfera e extinção em progresso

A maioria das espécies existentes ainda não foi estudada e conhecida, sendo o número de espécies nomeadas menos de dois milhões. A ciência usa uma hierarquia de classificação para organizar o estudo da biosfera, sendo a maior divisão os reinos, seguida por diversos níveis de categorias [6, 12].

Vários sistemas de classificação são usados, diferindo em nomes e números de categorias. O sistema mais simples tem dois reinos, animália e plantae, e outros sistemas podem ter até seis reinos, com fungo, protista (alga), monera (alga e bactéria) e archea (bactéria). Sistemas mais comuns usam categorias de filo (ou divisão), classe, ordem, família, gênero e espécie, mas é freqüente o uso de outras como subdivisão e subclasse.

O número de casos de extinção documentado não é grande comparado ao número previsto para próximas décadas[14]. As razões incluem a taxa crescente de perda de habitat e a dificuldade de documentar extinções. A maioria das espécies ainda não foi estudada e pode desaparecer antes de ser conhecida. Uma espécie é declarada extinta após vários anos sem ser vista, sendo o número declarado bem conservador. Além disso, espécies com habitat reduzido ao nível abaixo do necessário para sobrevivência ao longo prazo podem continuar vivendo em pequena população durante décadas antes de extinção.

A avaliação provavelmente mais completa e confiável do estado mundial da biosfera é da IUCN publicada como Red List (lista vermelha) desde a década de 1960. As Tabelas 2 e 3 mostram números de espécies extintas e ameaçadas em diferentes graus nos reinos animália e plantae segundo a última versão, 2002 IUCN Red List of Threatened Species [15].

Causas de extinção

Praticamente todas as extinções atuais são causadas pelo homem em diversas formas: perda e fragmentação de habitat, poluição, mudança de clima, introdução de espécies não nativas, caça, pesca e outras formas de uso intensivo [1, 20].

Perda e fragmentação de habitat é a maior ameaça para mamíferos, aves e plantas, afetando 83% de espécies ameaçadas de mamíferos, 89% das ameaçadas de aves e 91% das ameaçadas de plantas. Desflorestamento é a forma mais danosa que elimina praticamente todas as espécies existentes na área com efeitos imediatos. Florestas estão sendo perdidas pela colheita de madeira e para conversão de áreas para agricultura, cidades, rodovias e outros propósitos. Florestas tropicais são ecossistemas mais ricos em biodiversidade mas hoje estão sendo destruídas com ritmo crescente no mundo inteiro, especialmente no Amazonas e na Ásia do Sul, principalmente pela colonização para agricultura de subsistência. As causas fundamentais são o aumento contínuo da população e a dificuldade de integração social, sendo plantio em terras novas única opção de sobrevivência para uma parte do povo. Mesmo nas partes de florestas que permanecem, a sua fragmentação pode inibir movimentos de animais e limitar a população. Florestas isoladas tornam se efetivamente ilhas, levando eventualmente a extinção de algumas das espécies.

Terras molhadas como brejos e lagos têm sido secadas e convertidas em terras cultivadas, cidades e outros usos. Minas de diversos recursos também causam perda de florestas, erosão de terra e poluição dos rios, levando a perda de habitat.

Nos oceanos e em regiões litorâneas também, o habitat está sendo destruído para construção de casas, marinas, hotéis e outras instalações; conversão de manguezais para piscicultura; pescaria com dinamite em recifes corais; e outras formas de alteração. Manguezais, pântanos, baias, estuários e outras zonas litorais são criadouros de peixes e outros seres aquáticos e a sua destruição afeta diretamente a população destas espécies.

Introdução de espécies não nativas foi uma das causas principais de extinção pelo homem no tempo histórico, como mencionado anteriormente. Além de animais predadores e plantas invasoras, insetos e vetores de doenças também podem causar distúrbios em ecossistemas. Este fenômeno continua intensificando no mundo inteiro devido à globalização de comercio, viagens e navegação. Plantas e frutas importadas podem estar acompanhadas por insetos e vetores de doenças. Comércio de animais vivos, carne e outros produtos podem trazer doenças. Grandes navios atravessam oceanos levando água do mar de um local para outro, introduzindo animais e plantas não nativos.

Espécies introduzidas podem afetar ecossistemas de diversas maneiras. Elas podem tornar-se predadores que matam espécies nativas rapidamente até a extinção. Elas podem se multiplicar sem controle, consumindo mais que a vegetação local possa produzir. Sendo a vegetação normalmente a base de toda a biosfera, a sua destruição causará um colapso do ecossistema, levando eventualmente a uma nova composição mais simples. Plantas introduzidas podem competir por espaço, nutrientes e recursos minerais, levando em casos severos à eliminação de espécies nativas e à modificação do ecossistema inteiro. Insetos e vetores de doença podem se espalhar explosivamente em novos ambientes na falta de predadores naturais ou imunidade.

Caça, pesca e outros abusos são uma ameaça séria para pássaros (37% de todas as espécies), mamíferos (34%), plantas (8% das espécies avaliadas), répteis e peixes marinhos. Como mencionado anteriormente, há diversos casos de extinção de mega-fauna pela caça intensiva, como mastodonte, moas (Nova Zelândia) e pássaro elefante (Madagascar). Atualmente diversos animais estão ameaçados pela caça para alimento de povos locais (exemplos: gorila e outros macacos) e comércio de alguns órgãos (elefante, tigre, rinoceronte, tubarão) ou captura para comércio no mercado internacional de animais de estimação. Referente a plantas, diversas espécies de árvores de dezenas ou centenas de anos de idade estão sendo cortadas para o mercado de madeira nobre. Em diversos locais tradicionais de pesca comercial, a safra é diminuída e os tamanhos de peixes são menores. Recifes corais são locais de alta biodiversidade mas estão sendo prejudicadas pela pesca com dinamite e cianeto.

Poluição ameaça principalmente animais. Casos bem conhecidos incluem a esterilização de lagoas no norte da Europa pela chuva acida, pássaros mortos por comidas contaminadas com resíduos de inseticidas, herbicidas e outros compostos tóxicos, ovos inférteis de pássaros com casca fina que quebra facilmente, e anfíbios com deformações congênitas. Poluição dos oceanos por rejeitos sólidos também está causando mortes de animais, tais como pássaros e golfinhos mortos em redes de pesca descartadas e tartarugas com sacos plásticos no estomago. Plantas também são afetadas. Por exemplo, árvores em florestas foram enfraquecidas ou até mortas pela chuva acida que danifica as folhas e diminui nutrientes no solo [21, 22].

Mudança de clima. Cada espécie vive num nicho com características bem definidas, tais como temperatura, umidade, nutriente, espécies em volta e insolação. O aumento de temperatura devido ao efeito estufa causará mudanças de condições ambientais globais com muitas conseqüências na biosfera. A precipitação pode mudar, deixando certas regiões mais úmidas e outras mais secas. Zonas climáticas com dada faixa de temperatura sobem nas montanhas e migram na direção aos pólos. É previsto um aumento de 1,5 a 4,5 ºC da temperatura média global nos próximos cem anos. O nível do mar é previsto a subir cerca de 45 cm e modificará as condições nas zonas litorais. Espécies existentes nas montanhas podem perder seu habitat e desaparecer. Florestas precisam migrar a uma velocidade de 3-5 km por ano e sua composição também será afetada [23, 24]. Quando a temperatura da água na superfície do mar sobe alguns graus os corais em recifes perdem a alga simbiótica que fornece nutrientes e, se a condição permanecer, os corais eventualmente morrem [25].

Efeitos de extinção

Apesar da intensa discussão e preocupação mundial sobre a extinção de espécies, não haverá efeitos imediatos que a maioria das pessoas poderão ver ou sentir, exceto alguns casos como um colapso de pescaria de uma espécie popular ou o desaparecimento de um animal ou pássaro simbólico. Porém, ao longo prazo, pode ser prevista uma série de conseqüências contrárias ao interesse do homem.

Talvez a conseqüência mais fundamental seja uma mudança das condições físico-químicas da Terra. Seres vivos criaram as condições atuais, tais como o oxigênio no ar e a temperatura adequada, por meio de absorção de gás dióxido de carbono e de foto-síntese. A ciência mostra que houve mudanças de clima na história da Terra como altas temperaturas e eras de gelo. Estas mudanças podem ser iniciadas por uma pequena variação de um parâmetro como aumento da concentração atmosférica de gases do efeito estufa, aumento de precipitação, perda de florestas e algas marinhas que absorvem o dióxido de carbono. Pesquisas recentes indicam que, além das variações climáticas bem conhecidas, houve cerca de 700 milhões de anos atrás vários ciclos de climas extremos na Terra, inclusive fase de congelamento total até das zonas equatoriais e fase de altas temperaturas [8]. Mudanças na biosfera podem causar um ciclo vicioso que inviabiliza a continuação da civilização global.

Muitas espécies são úteis como fontes de remédios, alimentos, combustíveis, materiais para construção, e matéria prima para a fabricação de móveis e outras utilidades [1]. Globalmente entre 10.000 e 20.000 espécies de planta são usadas na medicina. Plantas utilizam a energia solar para produzir materiais sólidos e são a base de toda a cadeia de alimento. As plantas de grãos cultivadas atualmente foram criadas a partir de espécies selvagens. Hoje a maioria do cultivo de grãos é de mono-cultura de grande escala susceptível a doenças ou surto de pragas. Os materiais genéticos nas espécies selvagens são reservas de segurança no futuro contra estas possibilidades. Em alguns países em desenvolvimento e em certas regiões no norte, animais selvagens são fontes de alimento, roupa e renda. Cerca de 100 milhões de toneladas de peixes e outros frutos do mar são colhidos anualmente, suprindo uma parte considerável de alimentos no mundo.

A biodiversidade é uma fonte de prazer e satisfaz necessidades da mente humana. Como Rachel Carson descreveu, primavera sem o canto de pássaros será triste e desoladora. Fotografias de manadas de animais na savana da África ou na região norte do Canadá dão uma sensação de milagre de vida. Muitas pessoas acham companhias em animais e diversos povos no mundo inteiro adotaram animais como suporte espiritual nas suas religiões. Flores e outras plantas ornamentais são necessidades diárias e fontes de conforto espiritual. A extinção de espécies diminui o valor intrínseco da natureza.

Medidas possíveis e esforços mundiais

Há diversas medidas para reduzir e efetivamente parar a extinção de espécies e a comunidade mundial tem se esforçado nas últimas décadas para implementar algumas delas. Diversos indivíduos, instituições, ONGs e governos nacionais vêm estabelecendo reservas ecológicas.

Praticamente todos os países e diversas organizações internacionais assinaram acordos e convenções para proteger o meio ambiente (Salvando). Porém, as causas da extinção de espécies em progresso são as necessidades básicas do homem tais como espaço físico, alimentos, casas, móveis e o desejo de ter melhores condições de vida como conforto, lazer e consumo material que uma minoria usufrui em abundância mas a grande maioria somente vê na TV e em outros meios de comunicação globalizada. Para uma parte da população nos países subdesenvolvidos, a caça de animais selvagens e a agricultura de subsistência são únicos meios de sobrevivência. A inércia existente atrás destas necessidades e costumes sociais é enorme.

Para reverter a situação, é necessária uma mudança fundamental no modo em que sociedades funcionam e como os indivíduos vivem. Esta mudança precisa envolver o sistema econômico, sistema de valor de indivíduos e de sociedade, convicções religiosas, os chamados direitos humanos e as rotinas diárias de indivíduos e, no mundo real, não acontecerá em futuro previsível. Será difícil parar o avanço da extinção e reverter o declínio das populações de espécies ameaçadas. Nas próximas décadas os processos atuais continuarão intensificando e uma grande parte da diversidade biológica da Terra será perdida.

Extinção das Espécies

O HOMEM E A POLUIÇÃO

Tudo o que fazemos tem reflexos na Natureza que nos rodeia. Os homens primitivos causavam apenas ligeiras alterações mas o homem moderno e responsável por grandes danos ambientais.

Há 500 anos os europeus começaram a explorar o mundo. Levaram consigo animais e plantas armas modernas, tecnologias, doenças e um modo de vida que destruiu o equilíbrio ambiental das terras que descobriam

ANIMAIS EM VIAS DE EXTINÇÃO

Desde que a terra existe, numerosas espécies de animais foram morrendo e passado alguns anos foram substituídos. Os homens destruíram muitas espécies de animais em pouco tempo. Nunca mais serão substituídos, por que é preciso salvar os que restam. O dodó é uma espécie de uma ave desaparecida; os marinheiros que desembarcavam para a Ilha Maurícia caçavam-no para o comer. Constituiu também presa de ratos e dos porcos levados pelos navios.

Os crocodilos também são mortos por causa da sua pele: transformar-se-à em sacos, sapatos, carteiras... Estão a rarear. São protegidos, mas os caçadores furtivos continuam a caçalos. O gravial dos ganges, que vês aqui, é uma das espécies mais ameaçadas.

Qual é o animal maior do mundo?

A baleia azul. Do Árctico ao Antárctico, desloca-se ao longo milhares de quilómetros. O seu corpo enorme é uma grande fonte de riqueza: sua gordura dá óleo a sua carne come-se.

ANIMAIS EM PERIGO - PERDA DE HABITAT

As espécies ficam ameaçadas se puderem os seus abrigos e o alimento.Os herbívoros podem morrer de fome se as plantas de que se alimentam desaparecerem. Então os predadores também morrem porque há menos herbívoros e podem começar atacar outras presas. E assim sucessivamente.

As espécies extinguem-se quando se afecta o equilíbrio do seu meio ambiente. Isto pode acontecer devido a causas naturais, mas actualmente deve-se subretudo aos resultados da intervenção humana.

CAÇADORES E PRESAS

Num ambiente saudável, deve existir sempre um equilíbrio entre caçadores e os animais que estes caçam, as presas. Se as presas escasseiam os caçadores deixam de ter alimento e morrem.

O HOMEM CAÇADOR

O homem caçou sempre para obter alimentos e descobriu utilizações para as “sobras” tais peles, penas, marfim e óleos. Desde os tempos pré-históricos a caça levou a extinção de muitos animais.

ILHAS

Os marsupiais por exemplo o canguru e o coala sobrevieram na Austrália, que é como uma enorme ilha separada do resto do mundo.

ANIMAIS SELVAGENS E EM EXTINÇÃO

Píton-reticulada

A Píton-reticulada habita as florestas tropicais quentes e húmidas, onde sua cor se confunde com a vegetação. O seu comprimento varia entre os seis e nove metro. Apesar do tamanho, que assusta esta píton é tão dócil quanto a jibóia e pode até ser domesticada. Tanto em cativeiro como no seu ambiente natural, tem por habito descansar de dia e caçar á noite. Adora água e chega a ficar o dia inteiro num agradável banho de imersão apenas com a cabeça de fora.

Pecari

A Pecari é uma espécie de porco selvagem da América do Sul. A sua principal característica é o calor de pêlos brancos em volta do pescoço: o resto do corpo e cinza e preto com reflexos.

Fora da manada a pecari cai no papo da onça. Diz o povo “sozinho é presa fácil”. Em bando torna-se irascível, perigoso e até a onça prudente, prefere afastar.

EXTINTO

Quando morre o último indivíduo de uma espécie animal ou vegetal, a espécie diz-se extinta (ex.).

Não existe mais nenhum exemplar no mundo. Se uma espécie não foi encontrada na natureza nos últimos 50 anos, considera-se extinta.

A extinção faz parte do ciclo normal da vida durante a História do nosso planeta muitos animais evoluíram e depois extinguiram-se. O seu lugar na natureza é então ocupado por outro grupo de animais. Depois da extinção dos dinossauros, o seu lugar foi ocupado pelos mamíferos.

Durante 50 a 100 anos, o ritmo destas extinções aumentou muito. Agora está cada vez mais acelerada.

ESPÉCIES EM PERIGO DE EXTINÇÃO (E)

São aquelas de que existe um número tão reduzido de exemplares que provavelmente serão extintos. Poderão sobreviver se forem cuidadosamente protegidos.

ESPÉCIES VULNERAVEIS (V)

Transformar-se-ão em espécies em perigo de extinção se as dificuldades se encontram no seu meio Ambiente não forem superados. Precisão de protecção.

ESPÉCIES RARAS (R)

Estão em perigo devido ao reduzido número de indivíduos existentes no mundo inteiro.

Todos estes animais estão extintos. Tudo o que deles resta são figuras exemplares de museus. Por exemplo, o lobo da Tasmânia viveu na Austrália e na Nova Guiné e sobreviveu na Tasmânia até 1930. Estes animais matavam os carneiros e, a partir de 1830, pagava-se um prémio por cada escalpe conseguido. O último lobo da Tasmânia morreu no jardim zoológico de Hobart em 1936, mas é possível que haja sobreviventes em alguma zona selvagem ou remota.

MATAR POR LUXO

Á caça de peles

Por trás da fachada elegante da indústria de peles, que movimenta rios de dinheiro, está a triste validade da matança. Todos os anos, milhões de animais apanhados em armadilhas, sofrem uma morte lenta dolorosa. Ficam presos pelas patas, pescoço ou tronco, em armadilhas de metal ou nas condias. Os animais permanecem na ratoeira cerca de 15 horas antes de serem estrangulados ou mortos á paulada.

Um Lince do Alasca esteve com a pata presa numa armadilha durante seis semanas. Conseguiu manter-se vivo tanto tempo porque os outros animais do seu grupo familiar lhe levavam comida. As armadilhas são segas. Muitos outros animais, tais como águias, corujas, cisnes e animais domésticos são apanhados, mortos e rejeitados. Na gíria do comércio, estes animais são "lixo".

Fonte: web.rcts.pt

Extinção das Espécies

Biopirataria no Brasil

Com a criação do CBA e da BioAmazônia e a aprovação de leis para regular a exploração dos recursos naturais, as autoridades responsáveis pela preservação do meio ambiente esperam conter a ameaça da biopirataria na região amazônica, a mais afetada pelo problema. Entre os projetos de lei em tramitação a respeito do assunto está a Lei de Acesso aos Recursos Genéticos, da senadora Marina Silva (PT-AC), que já foi aprovada no Senado e continua sendo discutida pela Câmara dos Deputados até o final de 2000. Com a intenção de organizar a exploração da fauna e da flora da região, ela considera os recursos biológicos da Amazônia patrimônio público e estabelece a necessidade de licença formal para pesquisa, além do compromisso de divisão dos resultados com as populações nativas. Isso significa repartir com as comunidades indígenas o lucro obtido com as substâncias extraídas de plantas da região. Os estados do Acre e do Amapá já possuem legislações específicas sobre a questão. Em junho de 2000, o governo edita a Medida Provisória 2.052, o primeiro passo para estabelecer uma legislação federal sobre a biopirataria e o acesso ao patrimônio biológico e genético nacional, ao colocar em prática o que diz a Convenção da Biodiversidade. Documento firmado durante a ECO-92, a Convenção, assinada pelo Brasil, estrutura-se em três pontos principais: a necessidade de conservação da biodiversidade, a exploração econômica sustentável e a divisão justa dos benefícios obtidos. Ela altera também o conceito jurídico de patrimônio genético, garantindo a soberania sobre esse patrimônio a cada país.

Extinção das espécies no Brasil

Abrigando em seu território 20% das espécies que compõem a fauna e a flora do planeta, o Brasil é considerado atualmente o país de maior diversidade biológica. No entanto, de acordo com o Ibama, estão hoje sob risco de desaparecimento no país 219 espécies animais (109 aves, 67 mamíferos, 29 insetos, nove répteis, um anfíbio, um artrópode, um coral, um peixe e um crustáceo) e 106 espécies vegetais. Algumas aves estão praticamente extintas, como a arara-azul-pequena e o tietê-de-coroa. Entre as espécies mais conhecidas da flora brasileira ameaçadas estão acapu, arnica, barbasco, bico-de-guará, bromélia, caapiá, figueira-da-terra, canelinha, castanheira, cerejeira, cipó-escada-de-macaco, cravina-do-campo, dracena-da-praia, gonçalo-alves, gueta imbuia, ingarana, jaborandi, jacarandá-da-bahia, jequitibá, lelia, marmelinho, milho-cozido, mogno, oitiboi, óleo-de-nhamuí, pau-amarelo, pau-brasil, pau-cravo, pau-rosa, pinheiro-do-paraná, quixabeira, rabo-de-galo, samambaiaçu-imperial, sangue-de-dragão, sucupira, ucuuba e violeta-da-montanha.

A caça predatória e ilegal, a derrubada de florestas, as queimadas, a destruição dos ecossistemas para a instalação de loteamentos e a poluição dos rios estão entre os fatores que ameaçam a biodiversidade brasileira. O relatório Tráfico de Animais Silvestres no Brasil, publicado pela WWF-Brasil em 1995, mostra também que o Brasil é um dos países que mais praticam o comércio ilegal de espécies da fauna e da flora silvestres. Especialistas calculam que a atividade movimente cerca de 10 bilhões de dólares por ano em todo o mundo. Depois do tráfico de armas e de drogas, esse tipo de comércio é o terceiro maior negócio ilícito praticado no planeta. O volume de animais silvestres de origem brasileira responde por 5% a 7% do total - o que equivale a um valor entre 500 e 700 milhões de dólares. Os principais compradores dessas espécies comercializadas ilegalmente são colecionadores, zoológicos, indústrias de bolsas, de couro e calçados e laboratórios farmacêuticos. As ONGs ambientalistas afirmam que, apesar do avanço na legislação , a fiscalização no Brasil ainda é precária.

Extinção de espécies

Os cientistas não sabem dizer qual a quantidade real de espécies extintas. Tampouco têm idéia exata do número de espécies originais do planeta, diante da diversidade biológica atual. Estima-se que haja entre 5 e 15 milhões de exemplares da flora e da fauna, incluídos os microorganismos. Desse total hipotético, de 4 a 8 milhões seriam insetos, 300 mil, plantas, e 50 mil, animais vertebrados - 10 mil aves e 4 mil mamíferos.

As estimativas sobre a extinção de espécies são confiáveis, porque partem de uma amostragem dos 102 exemplares mais importantes de cada um dos ecossistemas. É dessa forma que o relatório Planeta Vivo, lançado em 1999 pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), detecta o declínio geral do acervo vivo de espécies entre 1970 e 1995. Dos 102 exemplares de água doce escolhidos para monitoramento, 35% desapareceram no período estudado. No caso das espécies marinhas, a perda foi de 45%.

A desertificação e a glaciação foram responsáveis pelo extermínio de uma enorme quantidade de espécies, entre elas os dinossauros. A interferência humana, porém, está acelerando o processo de extinção. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), um quarto do 1,5 milhão de espécies conhecidas pelo homem corre o risco de desaparecer. Fazem parte desse grupo o elefante africano, o cervo-da-tailândia, o panda gigante da China, o cavalo selvagem da Europa Central, o bisão da França e a baleia-azul . Algumas das espécies vegetais ameaçadas são as orquídeas de Chiapas, no México, e as bromélias da América e da África.

Pesquisa publicada na revista Nature em 2000 indica os 25 pontos-chave da biodiversidade mundial - áreas prioritárias para ações urgentes de preservação, em virtude de sua riqueza biológica e do risco a que estão expostas. Entre elas, estão a cordilheira dos Andes, as florestas da África Ocidental, a mata Atlântica e o cerrado brasileiro. No mesmo ano, cientistas norte-americanos anunciam a extinção do macaco colobo-vermelho-de-miss-waldron, que vivia nas florestas da África Ocidental. Observado pela última vez na década de 70, é o primeiro primata considerado extinto no mundo desde o século XVIII.

FAUNA E FLORA BRASILEIRAS

Das cerca de 250 mil espécies de plantas existentes hoje no mundo, 55 mil estão no Brasil. O país possui a mais extensa coleção de palmeiras (359 espécies) e de orquídeas (2,3 mil) e a maior variedade de vegetais com importância econômica mundial, como o abacaxi, o amendoim, a castanha-do-pará, a mandioca, o caju e a carnaúba. Pertencem à fauna brasileira 10% de todos os anfíbios e mamíferos existentes e 17% de todas as espécies de aves.

O Brasil ainda abriga a maior diversidade de primatas do planeta, com 55 espécies. Para explorar racionalmente essa riqueza, estão sendo construídos na Zona Franca de Manaus os laboratórios do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). O complexo de pesquisa, cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2001, é o principal projeto do Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia (Probem). Com um orçamento de 60 milhões de dólares - 40% financiados pelo governo e 60% por entidades e empresas privadas -, o Probem servirá de ponto de apoio para a montagem de uma rede de bioindústrias na região e irá desenvolver tecnologias para criar uma central produtora de extratos naturais, provavelmente a maior da América do Sul, com base na biodiversidade da Amazônia. A previsão é de que ela também esteja pronta até julho de 2001. O objetivo maior do programa, criado em 1997 pelo governo federal, é agregar valor à diversidade biológica da região, transformando-a em produtos para o mercado por meio da exploração econômica sustentável, para evitar que as pesquisas sejam feitas no exterior.

As ações do Probem são executadas com o auxílio da Associação Brasileira para o Uso Sustentável da Amazônia (BioAmazônia), uma organização social de direito privado, composta de 40% de membros do governo e 60% de representantes da sociedade. Entre suas tarefas principais estão a implementação e a administração dos laboratórios, a articulação da rede de biotecnologia, a captação de recursos para a biodiversidade e o trabalho com a questão da propriedade intelectual.

O mercado brasileiro de fitoterápicos (ervas e produtos naturais) movimenta 1 bilhão de dólares, de acordo com dados do Probem. A intenção do programa é transformar o CBA em um centro de referência e excelência nessa área, além de estabelecer contratos com as indústrias farmacêuticas internacionais para a pesquisa de princípios ativos de novos fármacos. Já existem cerca de 120 produtos de uso na medicina alopática baseados em plantas brasileiras.

O mercado de fármacos gera 350 bilhões de dólares no mundo e 11 bilhões de dólares no Brasil. O 1º Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente em 1998, já traz uma radiografia geral da biodiversidade brasileira, mostrando sua riqueza e diversidade, os perigos da ocupação desordenada e da exploração predatória e as áreas mais ameaçadas pelas atividades econômicas não sustentáveis. Ele destaca também a necessidade de tomar medidas como a capacitação de pessoal para atuar na área, a adoção de políticas de pesquisa, o desenvolvimento de tecnologias de menor impacto ambiental, a elaboração de planos diretores e a ocupação e o uso racional do território.Outra iniciativa de proteção à fauna e à flora em andamento no país é o Programa Nacional da Diversidade Biológica (Pronabio). Criado em 1994 e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, ele promove parcerias entre o poder público e a sociedade civil para garantir a preservação da diversidade biológica, além de estimular a conscientização ambiental.

O Pronabio já realizou um levantamento da situação da biodiversidade nos diversos sistemas ambientais brasileiros, apontando as prioridades de atuação e as formas de preservação e sustentabilidade em cada um deles. A idéia é que esse programa, depois de uma discussão nacional, se transforme em um proposta política sobre o tema da biodiversidade, que leve à adoção de um plano de ação governamental e de atitudes concretas na área.

Fonte: eolfv.vilabol.uol.com.br

Extinção das Espécies

Floresta Morta

Ao derrubar as florestas, o homem remove sistemas biológicos complexos, multiestruturados, extremamente diversificados e estáveis. Ao instalar a agricultura convencional, coloca em seu lugar sistemas simples e instáveis.

Entre os problemas relacionados com o desmatamento estão o esgotamento dos estoques de madeira, que é a fonte primária de energia de 80% da população dos países em desenvolvimento, e irreparáveis danos ambientais, como erosão do solo, provocando a perda da fertilidade, desertificação gradativa, diminuição da produtividade da terra, assoreamento de rios, represas e nascentes, e a eliminação da biodiversidade.

Ao derrubar as florestas, o homem remove sistemas biológicos complexos, multiestruturados, extremamente diversificados e estáveis. Ao instalar a agricultura convencional, altamente mecanizada e dependente do uso extensivo de fertilizantes artificiais, herbicidas e pesticidas, coloca em seu lugar sistemas simples e instáveis. Reduzindo a diversidade e recobrindo vastas áreas com monoculturas, ocorrem flutuações drásticas em populações, com o surgimento de pragas capazes de alterar todo o precário equilíbrio.

Com a destruição e fragmentação das florestas, as nascentes ficam totalmente secas ou se tornam menos abundantes, e os leitos dos rios, que ficam secos durante a maior parte do ano, se convertem em torrentes caudalosas, depois de cada chuva pesada. Sem a cobertura vegetal, as águas da chuva não encontram obstáculos no seu curso, e em vez do nível subir lentamente por infiltração progressiva, essas águas causam inundações repentinas e destrutivas.

Dentre as conseqüências mais importantes da fragmentação das florestas está a diminuição da diversidade biológica existente nestes ambientes, com a perda de populações, espécies e comunidades ecológicas de valor imensurável. A perda de populações geneticamente distintas dentro de uma determinada espécie é um problema tão grave quanto a extinção desta espécie. Uma vez que uma determinada espécie é reduzida a uma pequena população, a sua extinção total num futuro próximo se torna muito mais provável. As espécie mais propensas à extinção são aquelas presentes no topo da pirâmide alimentar, espécies com dificuldades de dispersão, espécies endêmicas, migratórias e com hábitos gregários. Espécies de animais que se alimentam em grandes grupos ou formam grandes congregações de procriação, parecem ser especialmente susceptíveis à epidemias e eventos catastróficos.

A diminuição de uma área de floresta natural pode levar à diminuição exponencial do número de espécies e afetar a dinâmica de populações de plantas e animais existentes, podendo comprometer a regeneração natural e, conseqüentemente, a sustentação destas florestas.

Chamamos de fragmentos florestais, as áreas de vegetação natural interrompidas por barreiras antrópicas ou naturais. Nestes ambientes, pode haver uma diminuição significativa do fluxo de animais, pólen e sementes. Apesar da importância dos fragmentos florestais na conservação da diversidade biológica, a maior parte destes ambientes encontra-se abandonada e em acelerado processo de degradação. O número de espécies vegetais e animais que um fragmento florestal pode suportar e as suas respectivas taxas de extinção dependem do seu tamanho, da distância de uma fonte de povoamento e da estrutura do ambiente. O tamanho do fragmento florestal exerce um efeito direto sobre a diversidade de espécies da avifauna, sendo que pequenos fragmentos de vegetação natural suportam menos espécies do que os grandes fragmentos.

A fragmentação de um ambiente se torna um sério problema quando não existe mais o fluxo de animais migratórios, e a qualidade deste ambiente é muito pobre ou este ambiente é muito pequeno para sustentar populações viáveis. A fragmentação é conseqüência das atividades humanas, e as áreas de vegetação natural que ainda restam encontram-se geralmente muito próximas de áreas com perturbação antrópica, como fazendas agrícolas e de exploração florestal, estando sujeitas a tensão excessiva de agentes externos como fogo, inseticidas e espécie invasoras.

Os fragmentos florestais localizados num ambiente de intensa ação antrópica, assemelham-se às ilhas oceânicas, separadas dos continentes aos quais estiveram ligadas em outras épocas. Estas ilhas biogeográficas encontram-se em equilíbrio quando o número de espécies presentes represente um balanço entre imigração e extinção. A taxa de imigração é determinada pelo grau de isolamento da ilha: quanto mais isolada estiver a ilha, mais baixa será a taxa de imigração. A taxa de extinção está diretamente ligada ao tamanho da ilha, sendo que ilhas maiores hospedam mais espécies, tanto de animais como plantas, do que ilhas menores, e desta forma são menos vulneráveis à extinção.

O primeiro problema sério que se encontra numa área fragmentada é o efeito de borda, ou seja, o efeito das populações que estão ao redor. Estas populações tentam colonizar o fragmento, enquanto que as populações do fragmento também tentam colonizar esta área de transição. O efeito da colonização se propaga até o núcleo do fragmento, e as populações ficam desorganizadas, pois a tensão ecológica é muito grande, havendo redução de populações devido ao fenômeno da consangüinidade.

A estrutura e a dinâmica dos fragmentos florestais podem ser afetadas por diversos fatores dentre os quais destacam-se a história de perturbações, a área, a forma, o tipo de vizinhança e o grau de isolamento. Os fragmentos florestais devem ser vistos como o resultado de um processo histórico de perturbação da vegetação no qual inúmeros fatores interagiram ao longo do tempo. Para se entender a estrutura e dinâmica atuais de um fragmento, é importante reconstruir ao máximo a história da vegetação local. A área de um fragmento florestal representa uma forte correlação com a diversidade e estabilidade das comunidades de animais e vegetais, sendo que o número de espécies está freqüentemente relacionado à área abrangida.

Após a fragmentação de uma floresta, ocorrem mudanças imediatas na quantidade de luz incidente sobre o solo, na temperatura, umidade e na velocidade do vento. Tais mudanças são mais pronunciadas na borda e diminuem na direção do interior da floresta. Com o aumento da incidência de luz na borda dos fragmentos, há um aumento das espécies vegetais do início da sucessão natural.

A distância entre fragmentos, assim como o grau de isolamento e a diminuição das áreas naturais, dificultam a dispersão e reduzem o tamanho das populações. O tipo de vizinhança e a redução da área dos fragmentos, contribuem para o aumento da pressão dos predadores, competidores, parasitas e doenças.

A vizinhança também pode afetar profundamente a diversidade biológica e a sustentação dos fragmentos florestais. As áreas vizinhas de um fragmento florestal, por exemplo, um plantio homogêneo de eucaliptos, uma área de pastagem ou uma área agrícola de cultivo intensivo, podem funcionar como fontes de propágulos invasores, de poluentes e de perturbação, como modificadores climáticos e barreiras para o trânsito dos animais silvestres.

O grau de isolamento de um fragmento florestal, que pode ser considerado como a média das distâncias até os fragmentos mais próximos, pode afetar o influxo de animais, pólen e sementes e, portanto, a diversidade biológica e a dinâmica das populações de plantas e animais. Fragmentos isolados há muito tempo degeneram pela perda de animais polinizadores, dispersores e predadores, causando um desequilíbrio da flora e fauna.

Entre os representantes mais ameaçados de extinção pela fragmentação de áreas florestais estão as espécies raras e de baixa densidade populacional, os grandes predadores, os grandes frugívoros que vivem nas copas das árvores, e as espécies do estrato inferior da mata, que são maus colonizadores, como certas aves insetívoras terrícolas. A reprodução destes animais diminui ao longo dos anos e não compensa mais a mortalidade dentro da população, levando a espécie sucessivamente à extinção, sem a necessidade da ocorrência de eventos dramáticos, como a destruição total do seu ambiente natural.

Todos os animais necessitam do seu espaço vital para sobreviver. O espaço vital é o território que cada animal alcança, variando de espécie para espécie. Por exemplo, cada indivíduo da espécie Panthera onca (onça pintada), o maior felino das florestas tropicais da América, necessita de uma área mínima ou espaço vital de cerca de três mil hectares. É impossível a sobrevivência de uma população desta espécie em florestas fragmentadas e altamente antropisadas, pois a medida em que uma população isolada se torna pequena, aumentam os riscos com a consangüinidade e perda da diversidade genética, com o acasalamento entre indivíduos de uma mesma família, tornando mais graves os problemas demográficos, conduzindo a população mais rapidamente para a extinção.

Entre os possíveis fatores que contribuem para a extinção de populações locais estão a raridade ou baixa densidade, limitada habilidade de dispersão e adaptação, perda sucessional do hábitat, isolamento, deterioração genética (perda da heterozigoticidade, depressão da procriação e perda da plasticidade genética), hibridação, catástrofe, competição, predação, epidemia, coleta e caça furtiva, variação ambiental, distúrbio e destruição do ambiente natural.

A vegetação é uma das características do meio mais importante para a manutenção dos animais. Intervenções na vegetação produzem efeitos diretos na fauna, pela redução, aumento, ou alteração de dois atributos chaves, que são o alimento e o abrigo. Desta forma, a composição da vida silvestre é alterada com as mudanças na vegetação. A fauna atua de forma crucial na manutenção e restauração dos ambientes naturais, principalmente nas florestas tropicais, onde cerca de 90% das espécies vegetais arbóreas são polinizadas e suas sementes dispersas por animais. Os principais polinizadores são as abelhas, vespas, mariposas, borboletas, besouros, morcegos e beija-flores, e na dispersão das sementes, diversas espécies de aves e mamíferos. Estas espécies de animais e vegetais se encontram organizadas, através de cadeias químicas alimentares, interagindo na polinização e dispersão. Portanto, uma floresta fragmentada e pobre em animais é uma floresta condenada à morte.

Fonte: port.pravda.ru

Extinção das Espécies

Em biologia e ecologia, extinção é o desaparecimento de espécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo a morte do último indivíduo da espécie. Em espécies com reprodução sexuada, extinção de uma espécie é geralmente inevitável quando há apenas um indivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos de um mesmo sexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico - espécies são criadas pela especiação e desaparecem pela extinção.

Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem poluição, destruição do habitat, e introdução de novos predadores. Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em cativeiro.

Extinções em massa

Há periódicas extinções em massa, onde muitas espécies desaparecem em um período geológico de tempo. Estes são tratados com mais detalhes no artigo de eventos de extinção. O mais recente evento destes, A extinção K-T no fim do período Cretáceo, é famoso por ter eliminado os dinossauros.

Muitos biólogos acreditam que nós estejamos atualmente nos estágios iniciais de uma extinção em massa causada pelo homem, o evento da extinção Holocênica. E.O. Wilson, da universidade Harvard, em seu O futuro da vida ( ISBN 0679768114), estima que se continua a atual taxa de destruição humana da biosfera, metade de todas as espécies de seres vivos estará extinta em 100 anos.

Não há dúvida de que a atividade humana tem aumentado o número de espécies extintas no mundo todo, entretanto, a extensão exata da extinção antrópica permanece controversa.

Veja-se também A sexta extinção: padrões de vida e o futuro da humanidade, de Richard Leakey ( ISBN 0385468091 ).

Extinções em massa são parte fundamental da hipótese do equilíbrio pontuado de Stephen Jay Gould e Niles Eldredge. Veja-se Molduras de tempo: a evolução do equilíbrio pontuado ( ISBN 0691024359 ).

De acordo com um relatório divulgado em março de 2005 pelo secretariado da Convenção de Diversidade Biológica, da ONU, a Terra está sofrendo a maior extinção de espécies desde o fim dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás. O relatório concluiu que o objetivo definido no ano de 2002 de conter o ritmo de extinção de espécies até 2010 está cada vez mais distante e aponta ainda que a perda de biodiversidade, em vez de se estabilizar, está se acelerando.

Tanto no ambiente marítimo quanto em ambientes terrestres, um número significativo de ecossistemas estão ameaçados. Entre eles, mormente os arrecifes de coral e as selvas tropicais. Há um seção especialmente dedicada ao desmatamento, que já destruiu uma média anual de 60 mil quilômetros quadrados, o que corresponderia a duas Catalunhas, desde o ano 2000. Os ecossistemas fluviais e lacustres, por sua vez, encontram-se geralmente em situação ainda mais crítica, já com cerca de 50% das espécies extintas no período 1970-2000.

"Os ecossistemas saudáveis proporcionam os bens e serviços de que os humanos necessitam para seu bem-estar", aponta o relatório, que sintetiza em 92 páginas os dados científicos mais relevantes sobre a perda de biodiversidade.

A extinção é para sempre

Tentativas recentes de clonar o mamute não foram ainda acompanhadas de resultados. Dado o fracasso em clonar mesmo espécies vivas, é prematuro afirmar algo diferente de "a extinção é para sempre".

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